Com objetivo de capacitar profissionais para o atendimento à mulher em situação de violência, São Lourenço da Mata recebe durante todo o dia desta quarta-feira (21) o projeto Superando Barreiras. Organizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, o encontro é o primeiro dessa iniciativa a ser realizada na cidade, e traz como pontos de discussão temas que vão desde o atendimento às vítimas, até os métodos legais de interrupção da gravidez.
A solenidade foi aberta na Câmara Municipal de Vereadores, pela diretora do Hospital e Maternidade Petronila Campos, Dra. Tereza Bezerra. “É uma grande surpresa e felicidade quando apresentamos o que estamos fazendo no hospital. Esse é um momento muito importante para nós, deixar visualizar a violência, principalmente a obstetra. Todos temos um papel importante para fazer funcionar os programas e mostrar os direitos que as mulheres possuem”, disse a gestora durante o seu discurso.
Na ocasião, também foram apresentados os serviços oferecidos na unidade, como o parto humanizado, o atendimento aos recém-nascidos - o que fortalece o programa Rede Cegonha -, a oferta de laqueadura e vasectomia, além do projeto de residência em Saúde da Mulher, onde as enfermeiras vão começar a atuar, na prática, a partir de junho.
Em seguida, teve início a palestra do médico e professor de ginecologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Aloisio Bedone, que começou a debater a temática pelo conceito de violência e o que está sendo feito para enfrentá-la. “O dia de hoje será dividido em quatro partes, onde vamos falar, entre os itens, o atendimento à mulher, os aspectos da violência e as formas legais de interrupção da gravidez”, explicou. Ainda de acordo com ele, é necessário mudar o paradigma da violência contra a mulher, tratando o assunto como questão de Saúde Pública, pois o ponto prioritário é o atendimento médico.
O Superando Barreiras está na sua terceira fase, onde atende cidades que solicitam o serviço. No Brasil, estima-se que a cada 15 segundos uma mulher é agredida. No perfil, 43% das brasileiras já foram vítimas de violência psicológica, física ou sexual, e 33% agredidas dentro de casa.
Também esteve presente na abertura do encontro o gestor de Saúde da Mulher do Estado, Olímpio Moraes, a Secretária Especial da Mulher, Íris Moura, e a coordenadora obstétrica do Hospital e Maternidade Petronila Campo, Ana Cavalcanti.
Fonte : Renata Gondim
Secretária de Comunicação Social e Institucional.
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