Estado de greve! Essa foi a decisão dos professores do Setor Privado de Ensino em assembleia realizada nesta sexta-feira(23), na sede do Sinpro Pernambuco e nas subsedes de Caruaru, Petrolina e Limoeiro.
A deliberação foi tomada depois da categoria avaliar e debater a contraproposta patronal. Ela é um indicativo que se não houverem avanços nas negociações os professores poderão deflagrar greve por tempo indeterminado.
“A contraproposta dos donos de escolas não atendem os nossos anseios no aspecto social, nem no econômico. Queremos esgotar todos os canais de diálogo com os patrões. Se a greve for o último artifício, não exitaremos em deflagrá-la no Estado de Pernambuco”, afirmou o coordenador geral do Sinpro Pernambuco, Jackson Bezerra.
A data base dos professores das escolas privadas é dia 1º de abril. Contudo o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nunca acontece no mês da data base. Todo ano, é a mesma novela e o mesmo discurso. O Sindicato Patronal recebe as reivindicações e protelam as negociações para tentar vencer esses profissionais pelo cansaço.
Nessa campanha, os professores lutam pela unificação do piso salarial em R$ 12 todos, independente dos níveis de ensino; reajuste salarial de 12% para o universo da categoria que ganha além do piso; adicional de 12% da hora-atividade; adicional por tempo de serviço de 5% aos professores que tenham cinco anos dentro do mesmo estabelecimento escolar; garantia do período de estabilidade do pré-aposentado para 24 meses; alteração do período da licença paternidade para 10 dias; liberação dos professores de até 15 dias para acompanhamento médico dos filhos e dependentes legais civilmente incapazes e portadores de necessidades especiais e pais; instituição do vale-cultura e vale-refeição. (A categoria dos professores é uma das poucas que não tem esse direito garantido na CCT).
Uma nova rodada de negociação está marcada para próxima segunda feira (26), às 15h, na Sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego.
Fonte : Blog de Jamildo
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