domingo, 14 de novembro de 2010

Ettore, segue na articulação

Um personagem de fora da Assembleia Legislativa foi quem mais chamou a atenção nas articulações para a indicação dos deputados para as sete cadeiras da mesa diretora, na semana passada. Ex-parlamentar e prefeito de São Lourenço da Mata (Grande Recife) pela terceira vez, Ettore Labanca (PSB) é visto hoje como a voz do governador Eduardo Campos (PSB) na Casa. Na prática, a influência dele nas costuras da mesa vem muito antes de Eduardo assumir o governo, em 2007. Foi Ettore, por exemplo, quem mais trabalhou para viabilizar a reeleição do então deputado Romário Dias, de quem é amigo há décadas, para o segundo e terceiro mandatos como presidente.

No final de 2003, Ettore apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que a recondução aos cargos da mesa fosse permitida. À época, o projeto foi interpretado como uma jogada – em comum acordo com Romário. Um movimento de resistência então foi ensaiado. Mas a dupla Romário e Ettore conseguiu aprovar a mudança, por 35 a 14, com a ajuda do Palácio do Campo das Princesas e do poder da cadeira de presidente da Casa.

A proposta original não fixava limite para o número de mandatos, num lance ousado para um terceiro mandato. O deputado Antônio Moraes (PSDB) tentou, por meio de uma subemenda, limitar a dois a quantidade de biênios. Mas foi derrotado. Na eleição que garantiu o terceiro mandato a Romário, Ettore foi eleito 1º vice-presidente da Assembleia. A dupla, mais uma vez, foi vitoriosa.

Na atual legislatura, descontentes com a permanência de Romário no cargo mais poderoso e político da Assembleia, o segundo na linha de sucessão do governador, deputados quiseram evitar que o novo presidente Guilherme Uchoa (PDT) seguisse o precedente aberto por Romário. O tucano Pedro Eurico, então, deu entrada numa PEC para acabar com a reeleição. Uma emenda do deputado Sílvio Costa Filho (PTB), porém, deu aos que estavam na mesa a chance de ficarem por mais um biênio, alegando que se tratava de uma espécie de direito adquirido, já que os colegas foram eleitos com a chance de reeleição em vigor.

Com a não reeleição de Ettore em 2006, o PTB o indicou ao governo. Para acomodá-lo, Eduardo criou a Secretaria de Articulação Parlamentar, vinculada à Casa Civil. Foi a partir daí que o ex-deputado ganhou a simpatia e confiança do governador, passando a ser o curinga na manga para eventuais problemas. Nos bastidores, deputados avaliam que a capacidade de ser “operacional” foi o que fez Ettore crescer no conceito do chefe. Eduardo é conhecido por gostar de auxiliares que resolvam problemas. De homem de confiança do ex-governador Carlos Wilson, já falecido, voltou a frequentar o segundo andar do Palácio e, ao que tudo indica, continuará com acesso livre no segundo governo Eduardo. O JC tentou contato com o prefeito desde a última quarta, diariamente, mas não obteve retorno.

Blog de Jamildo

3 comentários:

  1. Ettore Labanca é um grande articulador, político sério e colaborador no governo de Eduardo Campos,hoje S.Lourenço á grato ao prefeito do povo, que junto ao seu filho vinícius com apoio do GRANDE governador farão uma administração Daqui pra melhor!

    ResponderExcluir
  2. Labanca, não ligue se te olharem da cabeça aos pés, pois nunca terão sua cabeça e jamais chegarão ao seus pés!!!
    Parabéns pelo seu trabalho, S.Lourenço saiu do lixo.DAQUI PRA FRENTE É LUXO, É CIDADE DA COPA.

    ResponderExcluir
  3. labanca nao ligue tudo isto é inveja da sua capacidade,voce é e sempre sera o nosso prefeito preferido.

    ResponderExcluir