Na próxima quinta-feira, quando irá ao ar em rede nacional o programa partidário do PSB, não será apenas o governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos, que aparecerá para os brasileiros. Menos de uma semana depois de assinar sua filiação ao Partido Socialista Brasileiro, a ex-senadora Marina Silva vai ser a atração do vídeo. Com dez minutos de duração, o programa dedicará boa parte de seu tempo à união formalizada entre os dois líderes políticos no último sábado, mas discutida nos bastidores desde o início do ano.
Depois da repercussão da filiação de Marina ao PSB, que tomou conta das redes sociais e do noticiário político por todo o fim de semana, Eduardo vai telefonar para a ex-senadora ainda hoje. O objetivo é agendar o primeiro encontro entre os dois, que servirá para definir um time formado por integrantes do PSB e da Rede Sustentabilidade - partido que teve seu registro rejeitado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última quinta-feira - e traçar as primeiras linhas da plataforma da aliança firmada. Essa plataforma será a base do programa de governo da dupla para as eleições presidenciais do ano que vem e deve estar finalizada até janeiro de 2014.
Tanto Eduardo quanto Marina estão dispostos a elaborar e passar para os eleitores um programa democrático, com ideias novas que prometam revolucionar a forma de governar o país. Com essa estratégia, quebram de vez a polarização entre PT e PSDB e conseguem vender um produto novo, capaz de conquistar mais adeptos (o ato de sábado foi apenas o começo de uma aliança mais ampla, com outras legendas) e com chances reais de levar a disputa para o segundo turno.
Afinidades
Desde que a aliança foi formalizada, o governador pernambucano tem dito que ele e Marina têm muito mais afinidades que divergências. Ele teria comentado com aliados, inclusive, que “as poucas divergências foram dissipadas nas últimas conversas”. Nos bastidores dos dois grupos, discute-se que entre os pontos em comum estão o fato de ambos terem a mesma origem de esquerda, a capacidade de diálogo com os movimentos sociais e a compreensão de que o Brasil é mais que dois lados políticos: a oposição e a situação.
Os socialistas têm visto o PT como um partido envelhecido, de “chapa branca” e que tem alianças com o que é mais tradicional da política brasileira. A união de Eduardo Campos e Marina Silva seria, para eles, a construção de uma via à esquerda do PT e com a leveza que os petistas tiveram no passado.
Convergências entre Marina e Eduardo
- Origem política de esquerda
- Discurso de que o Brasil avançou muito, mas precisa fazer mais e melhor
- Afinidade com movimentos sociais
- Defesa de que a cena política do país precisa ter uma terceira via e sair da polarização governo/oposição
- Apoio às manifestações realizadas nas ruas do país
neste ano
- Desejo de construção de um programa de governo nacional que priorize ações inovadoras e capazes de gerar resultados com mais rapidez
- Diretrizes de gestão que prezam pelo desenvolvimento sustentável
Fonte :Diario de PE.
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