Foto: Facebook/Eduardo Campos/Reprodução |
Brasília – A primeira pesquisa de intenção de votos depois da união entre a ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi recebida nesse sábado – pelo menos publicamente – com otimismo pelos apoiadores e pré-candidatos à Presidência da República. Em levantamento divulgado ontem, o instituto Datafolha mostra que, se Marina não for a candidata do PSB, como vemsustentando, a presidente Dilma Rousseff venceria no primeiro turno contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco (PSB).
Nesse cenário, Dilma obteve 42% das intenções de voto; Aécio, 21%; Campos 15%; brancos e nulos, 16%; e ainda não sabem como votar, 7%. O cenário se complica para a petista quando Marina e o ex-governador José Serra (PSDB) entram no lugar de Campos e Aécio. Nessa situação, ela teria 37% dos votos; Marina, 28%; e Serra, 20%.
Os aliados de Campos e Aécio minimizaram o melhor desempenho de Marina e Serra e comemoraram o resultado. Em nota, o senador mineiro e presidente do PSDB diz que o resultado foi pior para Dilma. “Os números divulgados pelo Datafolha são extremamente positivos para o PSDB, porque confirmam que somos a principal alternativa no campo da oposição. O governo é quem deve estar preocupado.
Apesar da alta e permanente exposição da presidente nos veículos de comunicação, e sendo uma candidata que tem o conhecimento de 100% dos eleitores, foram as candidaturas alternativas ao governo que proporcionalmente mais cresceram.” O Datafolha diz que não é possível comparar a atual pesquisa com anteriores, já que a união de Campos e Marina mudou o cenário.
Para o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), o dado mais positivo é o que revela o reconhecimento dos pré-candidatos pela população. “Campos não é conhecido por 43% dos eleitores. Isso significa que ele tem uma margem para crescimento muito grande”, avalia. Apenas 1% dos entrevistados diz não conhecer Dilma; 3%, Serra; 12%, Marina; e 22%, Aécio.
Rollemberg nega que o desempenho melhor de Marina gere constrangimento na legenda. "Pelo contrário, são dois grandes quadros unidos." A pesquisa foi feita na sexta-feira, ouviu 2.517 pessoas e tem dois pontos percentuais para mais ou para menos como margem de erro.
Rede define a estratégia
Frustrada na expectativa de se legalizar como partido, a Rede Sustentabilidade começa hoje a traçar uma estratégia para não ser engolida pelo PSB, ao qual se associou, nos estados. Os dirigentes do grupo da ex-senadora Marina Silva se encontram em Brasília para avaliar os desdobramentos locais da união com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Para tentar se manter independente, a Rede pretende continuar se reunindo quinzenalmente. Seus fundadores vão definir quais são as prioridades do grupo nos estados – onde aceitam abrir mão de candidaturas e onde querem colocar um nome nas chapas. “Quando chegamos, o PSB já estava se organizando para lançar candidaturas. Esse encontro é para fazer um relato sobre a nossa situação nos estados”, explica o deputado federal Walter Feldman (SP), que também se filiou ao PSB.
Fonte :Estado de Minas
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