Não gerou muitos frutos a investida do presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, e do secretário estadual de Governo, Milton Coelho, para conter os efeitos das declarações do prefeito de São Lourenço da Mata, Ettore Labanca (PSB), contra o correligionário e ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Ontem, o deputado federal Fernando Bezerra Filho (PSB), filho do ministro, rebateu duramente as críticas. “Ettore Labanca não tem estatura para ser porta-voz do governador Eduardo Campos”, disparou, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7. Na última quarta-feira, Labanca declarou que o ministro joga para que o governador Eduardo Campos (PSB) não seja candidato a presidente e que apóie a reeleição da presidente Dilma Rousseff, e para ser candidato ao Governo em 2014.
Bezerra Filho declarou que não lembra de Labanca ajudando no projeto de eleição do governador Eduardo Campos, durante a eleição de 2006. “Ele veio somar depois, como muitos outros vieram. Naquela época, dos 11 prefeitos que vieram apoiar o governo Eduardo Campos, sete eram do nosso grupo político. O mais expressivo naquele momento, foi o prefeito de Petrolina, que à época era Fernando Bezerra Coelho (PSB). Eu não sou um dos mais velhos dentro do PSB, mas o prefeito Ettore Labanca chegou depois de mim”, ressaltou.
Ainda durante a entrevista, o deputado classificou a declaração do correligionário como “infeliz” e evitou falar sobre os planos para a sucessão estadual do ano que vem. “Não é o momento de a gente tratar disso. Cada discussão será feita a seu tempo. Mas declarações como essa não ajudam a gente a ganhar o ano de 2013, como o governador tanto prega”, minimizou.
Quando questionado sobre a declaração de Labanca de que o ministro estaria atrapalhando a possível candidatura de Eduardo Campos, o deputado defendeu que ele e seu pai devem estar juntos com o governador, independente da posição que o PSB tomar, mas destacou que não é o momento desse debate. “Daqui para lá, é nosso papel, não só do ministro, não só meu, como deputado federal, mas de tantos outros, de poder ajudar a presidente Dilma a vencer o ano de 2013, como também ajudar os governadores e os prefeitos, que estão enfrentando sérias dificuldades. Esse momento é de debater soluções para os problemas que se apresentam, e não de antecipar o debate político”, despistou.
Em relação a uma possível saída do ministro do PSB para se candidatar ao governo, pelo PT, o socialista disse ser uma intriga criada para dividir o próprio PSB. “Não vamos cair nesse jogo, nessa intriga. É uma pena que pessoas dentro do PSB estejam comprando essa ideia. Assim que surgiram esses boatos, teve uma declaração do próprio ministro negando veementemente. A gente respeita o Partido dos Trabalhadores, ao qual nós somos aliados, mas estamos muito bem dentro do PSB, e vamos continuar no PSB”, ponderou o socialista.
Fonte:Folha de PE.
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