A desordem está tomando conta do mercado público de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana. Sem fiscalização, as barracas e mercadorias das lojas invadem as calçadas e até a pista. Com isso, os pedestres são obrigados a se arriscar no meio da rua. Os moradores cobram providências na cidade, que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.
A rua lateral foi tomada por pequenas lojas e barracas de verduras e legumes. A faixa amarela, que está apagada, deveria limitar o espaço do comércio, mas é desrespeitada sendo ultrapassada pelas mercadorias. Os comerciantes tentam se justificar, culpando a prefeitura.
"Dentro do pátio não cabe todo mundo. Faz vários anos que a gente ocupa esse espaço aqui. A prefeitura cobra, a gente paga pelo espaço, toda semana é R$ 10", conta o feirante Evandro José de Souza.
O desrespeito à faixa tira espaço dos consumidores que ainda têm que tomar muito cuidado com motos e carros que passam dentro da feira. Quem anda com criança fica ainda mais preocupado. “Às vezes a gente passa aqui e é arriscado os carros baterem na gente”, diz a dona de casa Maria do Carmo Alves.
O secretário de Infraestrutura de São Lourenço da Mata, Ivaldo Beltrão, afirmou que no dia 11 deste mês, a desordem na área do mercado chegaria ao fim. A promessa foi em fevereiro, depois que a reportagem do NETV mostrou a bagunça do comércio em pleno centro da cidade.
“A gente não tem acesso a sair com o carro da garagem. A feira é na sexta e no sábado, mas o pessoal já arma as bancas na quarta. O lixo é constante aqui na rua. A gente não aguenta mais isso... A gente quer uma solução dessa prefeitura”, diz a dona de casa Rejane Maria da Costa.
Mais de dois meses depois, tudo continua na mesma. Também não há disciplina para descarregar mercadorias, que chegam a qualquer hora do dia sem que haja um local adequado de parada dos caminhões. “Para descarregar só tem aqui mesmo, como é que vai colocar os caminhões lá atrás?”, diz o motorista José Severino dos Santos.
As bancas de madeira são um perigo: estão velhas, quebradas e até com pregos expostos. Quem mora na rua da feira se sente prejudicado com a falta de ordem. “Não tem hora para começar nem para acabar. A hora é a que o feirante quer, não tem administração para nada, só chega o fiscal cobrando a taxa e aqueles que não pagam perdem a sua vez de trabalhar”, diz o cabeleireiro Edilson Francisco da Silva.
A secretaria de Infraestrutura de São Lourenço da Mata informou que decidiu modificar o projeto de requalificação do mercado público. O projeto prevê a recuperação e ampliação do espaço com a retirada das barracas da rua e a construção de barracas padronizadas.
O problema é que esse projeto ainda está sendo elaborado e, para ser colocado em prática, depende da liberação de verba do Governo Federal. Enquanto isso, a prefeitura garantiu que mantém guardas municipais na região do mercado para organizar o comércio e o trânsito.
Fonte:Da Redação do pe360graus.com
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