domingo, 1 de junho de 2014

Alianças e indicações ainda sem definições

O ano de 2015 no Brasil será definido num curto intervalo de apenas 20 dias. A partir de 10 de junho começam oficialmente as convenções partidárias, tanto as nacionais quanto as estaduais e até o dia 30 as chapas das coligações terão de estar escolhidas. Daí, a eleição está oficialmente na rua. Na verdade, já começou há tempos, mas ainda há indefinições em muitas frentes. Em Pernambuco, não é diferente. Embora se saiba que o grande embate pelo Governo do Estado deve mesmo ser entre o candidato indicado pelo PSB do ex-governador Eduardo Campos, Paulo Câmara, e o senador Armando Monteiro Neto (PTB), este último com apoio do PT da presidente Dilma Rousseff, pequenas costuras que garantam minutos preciosos nos guias eleitorais ainda estão sendo feitas. Algumas levarão os fios do suspense até o limite.
Hoje, por exemplo, o PT estadual se reunirá em um hotel em Boa Viagem para começar a definir quem serão os candidatos a deputado federal e estadual. Ou seja: quem está em condições de disputa real e aqueles que poderão colaborar com os votos – a chamada calda. O partido apoia Armando Neto e já garantiu a vaga na briga pelo Senado, que ficou com o deputado federal e ex-prefeito do Recife João Paulo.
“Nossos delegados habilitados a votar irão escolher quem irá para a eleição, democraticamente. Além disso, ainda temos de acertar a questão da suplência do Senado. O PT pensa que um nome do partido deveria ocupar a vaga também, mas isso será costurado em clima de diálogo com o PTB”, afirmou o vice-presidente estadual petista, Bruno Ribeiro. A convenção estadual do PT será realizada juntamente com a do PTB, no dia 27.
Essa é apenas uma das várias reuniões que vão ocorrer ao longo da semana antes do dia 10. Há muitas pendências, a começar pelo PP. O Partido Progressista chegou a ter a pré-candidatura da vereadora Michele Collins ao Governo, que a retirou para deixar a legenda à vontade.
A maioria da sigla prefere fechar com Paulo Câmara, mas uma de suas estrelas, o deputado federal Eduardo da Fonte, que nacionalmente faz questão de dizer que está com Dilma e não abre, e não descarta a aliança com Armando Monteiro. “Nossa convenção será no último dia, mas chegaremos a um acordo antes do dia 30. Pesarão duas coisas: o alinhamento e a possibilidade de vagas que teremos na disputa”, disse Eduardo da Fonte, que preside o PP em Pernambuco.
No PDT, a questão é um pouco diferente: a direção nacional quer o alinhamento com o PTB. O maior defensor da tese é o deputado federal Paulo Rubem Santiago, que sonha em ser vice na chapa. Mas boa parte do partido prefere ficar ao lado da Frente Popular. O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, e o deputado federal Wolney Queiroz são claros na defesa de Paulo Câmara e afirmam que não seguirão a orientação nacional, se a opção for por Armando Neto.

Fonte :Blog da Folha de PE.

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