domingo, 29 de junho de 2014

Pernambuco se despede do Mundial

Noventa minutos derradeiros, que podem se estender em 120, e até ser prolongado por um número de pênaltis, ainda indeterminado. As regras da Fifa não permitem nada próximo a mais 24 horas de futebol. Não há como impedir a despedida. Às 17h deste domingo, o início do adeus à Arena Pernambuco será dado na Copa do Mundo. Uma trajetória contada em quatro jogos, saudosos para os pernambucanos e de algumas boas histórias - sem dúvidas, revividas a cada nova lembrança. Costa Rica e Grécia serão os novos personagens. E por fim, os últimos também.

Nova história a ser contada
Issouf Sanogo/AFP
Quase sempre isolado, Samaras é responsável pelas definições no ataque
Entre os rivais deste domingo... Vou mais além: entre todos os oito países que desembarcaram no Recife para duelarem na Arena Pernambuco, nenhum outro tem tão boas lembranças quanto à Costa Rica. Foi com um placar simples, um mísero 1x0, que os Ticos derrubaram os gigantes italianos e se credenciaram para a disputada das oitavas de final da Copa do Mundo. No confronto dos currículos, quatro títulos mundiais se dobraram diante de apenas uma classificação à segunda fase do torneio. O impensável falou mais alto. Tudo isso escrito nas estruturas erguidas em São Lourenço da Mata, construídas especialmente para aquele momento.

Apesar do compromisso de quebrar uma história particular, caso classifique-se para as quartas de final, a Costa Rica não terá pela frente um novo “Golias” para derrubar. Diante da também surpresa Grécia o discurso costarriquenho é empregado em tom de respeito. “Isso é futebol. Qualquer um dos quatro (times do grupo C) poderia se classificar. A Grécia será uma equipe difícil, complicada. Vamos analisá-los e nos prepararmos”, comentou o treinador Jorge Luis Pinto.
Um dos destaques da Costa Rica, o atacante Cristian Bolaños, preferiu uma tática diferente à adotada pelo comandante. O atleta apontou que, dentre as seleções do Grupo C, o estilo de jogo retrancado e defensivo dos gregos era o que mais agradava ter pela frente. “Qualquer partida e qualquer equipe serão difíceis. De todos, creio que (a Grécia) era quem preferíamos (enfrentar). Mas não é surpresa. É futebol”, afirmou.
Pelo lado grego, uma preocupação da equipe do técnico português Fernando Santos será com o atacante Joel Campbell. Além de ser outro destaque costarriquenho na Copa do Mundo, o jogador também pode funcionar como um espião por conhecer dois atletas que compõem a linha defensiva da Grécia. Campbell atua no Olympiakos com o zagueiro Kostas Manolas e o lateral-esquerdo José Holebas.
Fabrice Coffrini/AFP
Gonzaléz é referência na "nova" Costa Rica, garantindo solidez defensiva
“Ele (Campbell) é rápido, tem ótima visão de jogo, sabe se posicionar na área e é um grande definidor de jogadas. Temos que ficar muito atentos para não dar espaços a ele, pois será fatal se tiver alguma chance. Não podemos deixá-lo trabalhar”, disse Manolas, que chegou a confidenciar certa amizade com o adversário. “Temos uma relação muito boa com o Campbell. É um amigo e uma pessoa muito especial. Ele tem muitas qualidades, é uma grande referência para a seleção da Costa Rica”, finalizou o jogador.

Saiba mais 
Previsão do tempo - As chuvas que caíram sobre o Recife, na última quinta-feira, foi um teste de fogo para a drenagem da Arena Pernambuco. A avaliação, no entanto, após o encontro entre Alemanha e Estados Unidos, foi a melhor possível, apesar do temporal. Segundo o site de previsão meteorológica Climatempo, a expectativa para a partida deste domingo é que não haverá áreas de instabilidade tão fortes como aconteceu na quinta-feira. O risco de chuva existe, mas nada tão intenso.

Fonte :Folha de PE.

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