Os cortes anunciados na tarde desta 
quarta-feira, 15 de fevereiro, no Orçamento de 2012 pelos Ministérios da Fazenda 
e do Planejamento, terão impacto direto nos Municípios, antecipa o presidente da 
Confederação nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. “E de duas formas: a 
primeira pelo contingenciamento, mais uma vez, das emendas parlamentares e a 
segunda em função da reprogramação de receita, principalmente do Imposto de 
Renda”, explica. 
O presidente 
da CNM lembra que na Lei Orçamentária Anual (LOA) estava prevista uma 
arrecadação de R$ 275,1 bilhões de Imposto de Renda, e o Governo reduziu para R$ 
263,0 bilhões, o que representa uma queda de 4,4%. Já o IPI estava estimado em 
R$ 51,4 bilhões e caiu para R$ 51 bilhões, com uma queda de 0,9%. “Como estes 
dois impostos compõem o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), esta nova 
reprogramação reduz o montante do Fundo na LOA de R$ 76,7 bilhões para R$ 73,8 
bilhões, ou de 3,8%”, esclarece. 
O 
contingenciamento será feito em todas as pastas no valor previsto de R$ 35 
bilhões, sendo que os ministérios que sofrerão os maiores impactos serão: 
Cidades, com R$ 3,3 bi; Defesa, R$ 3,3 bi; Integração Nacional, R$ 2,1 bi; 
Justiça, R$ 2,2 bi; Turismo, DR$ 2 bi e a Saúde, com o maior volume de corte, 
alcançando R$ 5,4 bi. 
Ziulkoski 
adianta que esses cortes devem atingir o compromisso assumido em 2011, pelo 
relator da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, que criou a chamada de 
emenda direta dos Municípios, com até 50 mil habitantes. Foi autorizada uma 
emenda por Município, com valor que poderia oscilar entre R$ 300 mil a R$ 600 
mil. O temor de Ziulkoski é que essas emendas sejam contingenciadas pelo corte 
anunciado pelo governo.
“Essas 
chamadas emendas diretas criaram expectativa entre todos os gestores municipais 
que agora estão temerosos de que tudo seja cortado”, 
conclui.
Fonte:CNM,

 
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