Autoridade máxima na
estrutura administrativa do Poder Executivo do município, o prefeito tem o
dever de cumprir atribuições previstas na Constituição Federal de 1988 ao
definir onde serão aplicados os recursos provenientes de impostos e demais
verbas repassadas pelo Estado e pela União. A aplicação desses recursos
públicos deve obedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n°
101/2000) e o que for fixado na lei orçamentária anual do município, proposta
pelo prefeito e votada pelos vereadores, que representam o Poder Legislativo
municipal.
Também cabe aos vereadores
acompanhar as ações do Executivo municipal e fiscalizar se os compromissos
legais e metas do governo estão sendo cumpridos. A Constituição Federal
determina, por exemplo, que cabe ao prefeito e à sua equipe administrar o
transporte coletivo da cidade, manter programas de educação infantil e ensino
fundamental, prestar serviços de atendimento à saúde da população, promover o
adequado ordenamento territorial do solo urbano e proteger o patrimônio
histórico-cultural do município.
Essas competências estão
previstas no artigo 30 da Constituição, que, mais abaixo, em seu artigo 158,
relaciona os três impostos que geram parte da receita disponível aos prefeitos
na administração dos serviços públicos locais.
São eles o Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), o Imposto sobre a Transmissão
de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos (ITBI) e os Imposto sobre
Serviços de Qualquer Natureza (ISS). Também são destinados à Prefeitura 50% do
imposto arrecadado pela União sobre a propriedade territorial rural localizada
no município, 50% do imposto arrecadado pelo Estado em Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos veículos registrados no
município e parcela do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) arrecadado pelo Estado. Neste último caso, 25% da receita total obtida
com o imposto é dividida entre todos os municípios de um mesmo Estado.
Enquanto o prefeito é o
chefe-máximo do Executivo municipal, o vice-prefeito é o segundo na hierarquia.
Ele substitui o prefeito no caso de viagem, licença e em algumas hipóteses de
afastamento do cargo, como quando o político decide concorrer a outro cargo
eletivo.
Intervenção
no município
A Constituição Federal
prevê, ainda, que o Estado não pode intervir em seus municípios, a não ser que
o prefeito deixe de prestar contas na forma determinada em lei e caso ele deixe
de aplicar o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
O artigo 212 da
Constituição determina que os municípios devem aplicar anualmente, no mínimo,
25% da receita resultante de impostos na manutenção e desenvolvimento do
ensino. Para a saúde, a Constituição Federal prevê o repasse de 15% do produto
da arrecadação de impostos específicos (inciso III do parágrafo 2º do artigo
198).
Fonte :TSE.
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