sábado, 11 de setembro de 2010

Merendas de escolas estaduais podem ser delegadas aos Municípios

A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta aos gestores que receberam do governo do Estado a delegação pela oferta da merenda em escolas estaduais para que estejam atentos aos custos da merenda e às novas responsabilidades. A notificação está descrita na legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), mas ainda gera dúvidas entre municipalistas.

A intenção da CNM é fazer com que os gestores municipais acompanhem as transferências de recursos para a garantia da oferta da merenda. A decisão dos Estados deve ter a aceitação dos respectivos Municípios antes de ser encaminhada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A municipalização da merenda é uma questão delicada pelo fato de o Pnae ter caráter suplementar e não cobrir todos os custos que os gestores assumem com a alimentação escolar dos alunos. Por esta razão, a Confederação alerta que será preciso acompanhar e cobrar dos Estados a previsão de transferência de recursos próprios estaduais a título de complementação financeira para aquisição de gêneros alimentícios.

Preocupações

Uma grande preocupação do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, é com o custo de uma merenda escolar de qualidade para os alunos. Até o fim de 2010, 47 milhões de alunos serão atendidos pelo Pnae.

Serão repassados R$ 3 bilhões para Estados e Municípios no período, mas o custo, segundo Ziulkoski, será bem mais alto. “Mesmo com o aumento de 36% que o Pnae teve em 2009, se o valor de 1994 tivesse acompanhado a inflação acumulada no período de 1994 a 2010, o per capita do Pnae deveria ser de R$ 0,44”, afirma.

Atualmente, para cada aluno da pré-escola, dos ensinos fundamental e médio e da Educação para Jovens e Adultos (EJA) são repassados R$ 0,30 por dia. Já para os alunos das creches, indígenas e quilombolas este custo sobe para R$ 0,60 aluno/dia.


cnm



Um comentário:

  1. Eita! Se isso realmente vingar...aí é que as prefeituras vão roubar mesmo.Os coitados dos alunos vão comer "nada com coisa nenhuma".

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