sexta-feira, 23 de julho de 2021

Montanha vai até Raquel

 


Por Houldine Nascimento – interino

O PSDB quer Raquel Lyra disputando o Governo de Pernambuco em 2022. O movimento para que a prefeita de Caruaru e presidente estadual da legenda concorra ao Palácio do Campo das Princesas só cresce, mesmo com o silêncio da tucana sobre o assunto. O ex-ministro Armando Monteiro Neto é um dos grandes entusiastas de sua candidatura.

“Não tenho dúvida alguma que ela é candidata e assumirá essa missão. Cada um tem um estilo e ela é muito tranquila. Os passos que ela dá são todos muito consequentes e ela está nesse momento com a responsabilidade da gestão de Caruaru, que é uma grande prefeitura. Portanto, priorizou o seu trabalho lá nesse momento de pandemia. Ela estará no processo e vai liderar a chapa da oposição”, declarou a esta coluna.

Armando também realçou os bons índices que a prefeita de Caruaru apresenta em pesquisas para o Governo do Estado e falou que sua prioridade “é Raquel, que desponta com muita força”, abdicando de uma eventual disputa ao Senado. O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, já deixou claro que Raquel Lyra “só não será candidata ao Governo se não tiver interesse”.

Durante a semana, foi a vez do governador paulista, João Doria, engrossar o coro, exaltando a colega de partido. “Raquel Lyra é um dos melhores valores da política do Nordeste brasileiro, uma mulher de extrema capacidade. Não terei a menor dúvida de somar com ela, caso vença as prévias, para sensibilizar o eleitorado de Pernambuco. E apoiar também Raquel Lyra no seu futuro, um dos grandes nomes da política do Nordeste brasileiro e um dos grandes nomes femininos da política nacional”, disse em entrevista à Rádio Clube.

Para o PSDB, que historicamente lança candidatos à Presidência, é essencial contar com palanques no Nordeste. Mais ainda para Doria, com baixa inserção na região. A construção da candidatura de Raquel está vindo de fora para dentro. Por outro lado, isso demonstra que tem apoio total do partido, saindo na frente de outros nomes fortes do bloco oposicionista. O prefeito de Petrolina, o emedebista Miguel Coelho, teve as portas fechadas pelo deputado federal e presidente estadual do MDB, Raul Henry, que optou por manter a sigla na aba do PSB.

Em Caruaru, Raquel ambém tem sido visitada por lideranças de partidos variados, da esquerda à direita, mostrando que tem bom trânsito entre as diversas correntes. Tudo tem conspirado a favor de sua candidatura, fazendo frente aos 16 anos de domínio socialista. Basta querer.

Acerto – Outro nome forte do grupo de oposição, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem apoio irrestrito da Executiva Nacional. O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, o saudou como “futuro governador de Pernambuco” durante ato na sede do partido em Brasília. no final de maio. Desde então, Anderson teve sinal verde para articulações. Diferentemente de Raquel, ele tem circulado em várias regiões e apresentado sua pré-candidatura. Para a montagem de uma chapa forte para enfrentar a situação, terá de haver um acerto entre os dois.

Fusão – PSL, DEM e PP estariam articulando uma junção, de acordo com o Poder360. Caso a fusão se concretize, o novo partido se tornaria o maior do Congresso, somando 121 deputados e 15 senadores. O arranjo coloca o deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE) na Presidência, ACM Neto como vice e o senador Ciro Nogueira na Secretaria-Geral. Ainda de acordo com o portal de notícias, a negociação está no último estágio e, para ser concretizada, Bivar não abre mão da candidatura de José Luiz Datena à Presidência da República.

Perdão – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) minimizou críticas feitas a ele pelo presidente nacional do Progressistas, o senador piauiense Ciro Nogueira, em 2017. Na ocasião, o parlamentar, que está prestes a assumir a Casa Civil, foi bastante duro com o chefe do Executivo, além de rasgar elogios ao ex-presidente Lula. “Tem um vídeo correndo a internet de que ele [Ciro] me chamou de fascista lá atrás. Sim, chamou. As coisas mudam. Eu tinha posições no passado que não assumo mais hoje. Mudei. Nenhuma de forma radical. Quem estava no Nordeste e não fosse Lula no passado não tinha sucesso na política. Isso para mim é coisa passada”, declarou Bolsonaro.

Frente com Geraldo – O deputado estadual Waldemar Borges (PSB) defendeu o ex-prefeito do Recife e atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio (PSB), como candidato da Frente Popular ao Governo do Estado. “O nome da Frente Popular é o nome de Geraldo Júlio. Pela gestão que fez em Recife, dando provas da sua capacidade de gestor, de direcionamento do governo, no sentido daqueles que mais precisam do governo, por também ter saído muito bem avaliado. Por isso, o nome mais forte da Frente Popular é o do ex-prefeito Geraldo Júlio”, declarou em entrevista à Rádio Folha FM.

Respeito – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes se dirigiu às Forças Armadas. Em uma publicação no Twitter, ele afirmou que “os representantes das Forças Armadas devem respeitar os meios institucionais do debate sobre a urna eletrônica”. Gilmar também disse que a política é feita, sobretudo, com "respeito à Constituição". "Na nossa democracia, não há espaço para coações autoritárias armadas”, concluiu. A declaração foi dada depois de uma ameaça que o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, teria feito quanto à realização de eleições em 2022. Segundo o Estadão, Netto mandou um recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), dizendo que não haveria eleições no ano que vem, se não houvesse “voto impresso e auditável”.

CURTAS

NEGOU EM PARTE – Braga Netto negou que se comunicasse com outros poderes por meio de interlocutores, embora não tenha descartado a ameaça. “Em relação à matéria publicada em veículo de imprensa, que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores a Presidente de outro Poder, o Ministro da Defesa informa que não se comunica com os Presidentes dos Poderes, por meio de interlocutores”, declarou em nota.

PROFESSORES NA BRONCA – Em Trindade, no Sertão do Araripe, os professores reclamam da elevação de 11% para 14% na arrecadação previdenciária. De acordo com a Prefeitura, era necessário promover esse reajuste para cobrir prejuízos causados ao Fundo Municipal de Aposentadorias e Pensões (Fumap) e garantir os pagamentos.

 Perguntar não ofende: Quando Raquel começa a se movimentar para concorrer ao Governo?

Fonte: Blog do Magno Martins

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