"Declaração de Braga Netto ajuda a derrubar voto impresso"
MARCELLO CASAL JR. / AGÊNCIA BRASILPara deputados contrários ao voto impresso na Câmara dos Deputados, a suposta ameaça do ministro da Defesa, Braga Netto, de que ou haveria voto impresso ou não haveria eleições no Brasil, e a nota do ministro sobre o assunto, ajudam a consolidar a posição contrária ao voto impresso na comissão especial da PEC 135 na Câmara.
O raciocínio desses deputados é que a suposta fala do general consolida a visão de que a discussão do voto impresso é uma tentativa de deslegitimar o processo eleitoral brasileiro, e não, como os defensores do voto impresso dizem, de tornar o processo mais transparente.
Membro da comissão especial, a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) explica: "Essas declarações [do Braga Netto] coesioam uma maioria ou no mínimo fortalecem uma posição de maioria contra esse espantalho que a extrema direita está querendo criar no Brasil. Vendo que perdem apoio social tentam desligitimar o processo eleitoral do ano que vem para ter uma narrativa golpista em caso de derrota nas urnas".
A oposição ao voto impresso já conseguiu vitórias importantes dentro da comissão, como nos placares da última reunião pela de retirada de pauta e inversão de ordem do dia, com 22 votos dos contrários ao voto impresso. Os deputados Fábio Trad (PSD-MG) e Paulinho Pereira (Solidariedade-SP), membro e suplente da comissão, também declararam que a nota do ministro Braga Netto ajuda os contrários ao voto impresso por mostrar a incursão dos militares do debate sobre adoção do voto impresso.
Na última semana, o Republicanos, que tem dois parlamentares na comissão especial, reiterou sua posição favorável ao voto impresso, mas a declaração de posição não deve alterar o placar dentro da comissão especial.
Fonte: Mariana Londres, de Brasília,R7.
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