sábado, 25 de janeiro de 2014

Entidade coleta assinaturas para proposta de reforma política

Vassouras fincadas no gramado do Congresso: protesto de janeiro do ano passado cobrava transparência na política - Foto: Janine Moraes/CB/D.A Press (Janine Moraes/CB/D.A Press)
Vassouras fincadas no gramado do Congresso: protesto de janeiro do ano passado cobrava transparência na política - Foto: Janine Moraes/CB/D.A Press

Um projeto de lei de iniciativa popular sobre a reforma política, que, entre as principais mudanças, propõe o fim da doação de empresas nas campanhas eleitorais, será encaminhado ao Congresso em agosto. A previsão é do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) — idealizador da Lei da Ficha Limpa — que, em pouco mais de quatro meses desde o lançamento da iniciativa, já recolheu 300 mil assinaturas. O cálculo considera apenas as virtuais, sem levar em conta as firmas recolhidas em papel, ainda não contabilizadas. A meta é conseguir o apoio de 1,5 milhão de eleitores, número necessário para a proposta tramitar no legislativo federal.

Apesar do otimismo, a diretora da Secretaria Executiva do MCCE, Jovita José Rosa, observa que é mais difícil conseguir assinaturas para a reforma política do que foi para a Ficha Limpa. “Não é tão fácil convencer as pessoas da necessidade de financiamento público como a de barrar corruptos na eleição. A gente precisa de um tempo maior para explicar a proposta à população”, ressaltou.

Ao mesmo tempo, a entidade conta com o respaldo popular, uma vez que a reforma política foi uma das reivindicações das ruas nos protestos de junho do ano passado. “As manifestações que o povo brasileiro, em particular a juventude, vem realizando são uma demonstração cabal da aspiração em liquidar com a corrupção e aprofundar o processo democrático no país”, diz o MCCE em manifesto.


Nenhum comentário:

Postar um comentário