sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Pesquisa revela que carne comprada em mercado pode até provocar morte

Muitos consumidores correm risco todos os dias e nem se dão conta disso. O perigo pode estar na mesa, na carne que as famílias compram em mercados e feiras livres. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) mostra que a contaminação é grande.

Os pesquisadores percorreram mercados e feiras livres de Olinda, Camaragibe e São Lourenço da Mata para observar o estado de conservação das carnes. A maioria dos boxes nesses locais, não dispõe de um sistema adequado de armazenamento.

Os cortes ficam expostos ao calor, à poeira, moscas e insetos. “Sabemos que tem risco, mas não temos como fazer. Se a gente colocar no balcão a gente sabe que não vende porque o cliente quer ver e pegar”, afirma a comerciante Maria de Fátima Oliveira.

As condições de higiene chamaram a atenção dos pesquisadores. A carne é um produto altamente perecível e precisa ficar sob refrigeração, nunca em temperatura ambiente. “A gente trabalha em feira, então como vamos colocar refrigerador na feira? Se a gente cobrir com plástico fica abafado e o calor estraga a mercadoria”, diz a comerciante Leonice Maria do Nascimento.

A má conservação da carne é uma porta aberta para bactérias e doenças. O levantamento feito pelo Departamento de Medicina Veterinária da Rural constatou o nível do problema.

Das 26 amostras coletadas pelos pesquisadores, 20 estavam fora dos padrões exigidos pela Agência de Vigilância Sanitária. Elas apresentavam um alto índice de contaminação com micro-organismos, bactérias que trazem vários riscos à saúde do consumidor.

“Ele pode apresentar desde uma febre ou um calafrio, uma diarréia, vômito e, dependendo da quantidade de microrganismos ingeridos, pode sofrer um coma e levar a morte esta pessoa”, explica a pesquisadora Andréia Paiva de Moura.

Ainda de acordo com ela, o consumidor não deve mudar os hábitos de comprar em mercados e feiras livres, mas ao adquirir carnes nesses locais, é preciso ter alguns cuidados. “Vindo aos boxes e certificar se o produto tem nota fiscal e perguntar a origem. Com essas medidas, teremos uma segurança maior de que tem um responsável ali que podem assegurar esse produto.”

Fonte: Da Redação do pe360graus.com

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