quinta-feira, 1 de julho de 2021

Contra ação do governo, G7 atua para adiar depoimento de Ricardo Barros

 

A convocação do líder do governo na Câmara Federal, Ricardo Barros, foi aprovada, ontem, na CPI da Pandemia, após o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, cobrar que uma data fosse logo definida, porque o deputado já havia se colocado à disposição. Em meio ao debate sobre os vários requerimentos da pauta, FBC fez um apelo: “Não é justo que ele não seja ouvido”. Presidente da CPI, Omar Aziz acatou de imediato. O detalhe é que, nos bastidores, os senadores independentes e de Oposição já trabalhavam para postergar a ausculta de Ricardo Barros e avaliaram que Omar "caiu na conversa" do governo. Resultado: há uma movimentação, agora, nas coxias, para desmontar a estratégia governista de apressar o depoimento de Barros. A intenção do G7 é adiar a data que ficou acertada ontem: a próxima quinta-feira (8). Os senadores avaliam que é possível convencer Aziz a alterar esse cronograma. Julgam ser ideal que Barros fale após os demais depoimentos que estão no radar, de forma que os parlamentares possam se municiar melhor até lá.

O pedido feito por Fernando Bezerra Coelho foi interpretado como jogada do governo no sentido de barrar o novelo de denúncias que se desenrola desde a última sexta-feira, quando o deputado Luis Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, denunciaram pressão atípica para liberação da importação da vacina Covaxin. Na ocasião, Luis Miranda relatou ter levado o caso ao presidente Jair Bolsonaro que, segundo ele, citou o nome de Ricardo Barros como suposto responsável pelos problemas narrados. Ex-ministro da Saúde na gestão Michel Temer, Barros negou envolvimento com a Covaxin. Ontem, em sua rede social, ele pediu para ser ouvido na CPI. "Espero que a CPI vote hoje meu convite, já que me coloquei a disposição desde a primeira fala de Luís Miranda", assinalou, acrescentando: "E gostaria de ir o quanto antes". Mas não há concordância dos senadores do G7 com o que eles chamam de "estratégia do governo" de se blindar.

Ausência anotada
Autor de emenda que visou a destravar a importação da Covaxin, Ricardo Barros, em nota, afirmou que a inclusão do orgão de Saúde da Índia no artigo 16 da MP "foi motivo de emendas de oito parlamentares, entre eles o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz". Também citou o deputado pernambucano Renildo Calheiros, além de Orlando Silva. Parlamentares viram tentativa de Barros de "normalizar" o feito. Na última terça-feira, os citados estavam todos em plenário, mas Ricardo Barros não apareceu. 

Porta-voz > O secretário de Meio Ambiente, José Bertotti, avança na ocupação de posições junto às instituições em nível regional e nacional. Além de representar Paulo Câmara na coordenação da câmara temática de Meio Ambiente do Consórcio Nordeste, Bertotti foi eleito, na última terça, coordenador do bioma Caatinga na Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente - Abema para o biênio 2021-2023. 

Debate > Com seus nomes cotados para a disputa pelo Planalto,  Ciro Gomes, Eduardo Leite e Luiz Henrique Mandetta protagonizam, hoje, o 1º Debate dos Presidenciáveis do Centro Democrático, promovido pelo  Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria com o Estadão. Será às 18h30.

Transmissão > A mediação é do cientista político e fundador do CLP, Luiz Felipe d’Avila. Haverá transmissão ao vivo pela TV Estadão no Youtube e pelas redes sociais do CLP. O tema será os desafios do Brasil para superar as crises econômica e sanitária causadas pela pandemia.

Fonte :Folha de PE.

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