Depois de ter sido escolhida, em março, “cidade-modelo” do projeto de políticas de baixo carbono Urban Leds, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pelo Instituto Iclei, o Recife dará hoje mais um passo para a construção do inventário ambiental voltado para a Copa do Mundo de 2014. Representantes da Secretaria municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade vão reunir-se com representantes do Iclei, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e das prefeituras de Jaboatão dos Guararapes e de São Lourenço da Mata para iniciar a discussão de um projeto que prevê a gestão das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) relacionados com o evento esportivo do próximo ano.
Na reunião, serão definidas as diretrizes gerais para a primeira etapa desse projeto, que tem por objetivo calcular a quantidade de CO2 emitida desde a implantação dos primeiros empreendimentos voltados para a Copa. “A elaboração desse projeto é uma das metas do Projeto Copa 2014 e deve reunir todos os envolvidos no evento” afirmou a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Prefeitura do Recife, Cida Pedrosa. O objetivo maior do projeto, entretanto, é a elaboração de um plano que racionalize o uso dos recursos naturais e reduza os impactos causados ao meio ambiente pelas obras já iniciadas para a Copa e pela presença certa de um grande número de turistas no estado a partir dos primeiros jogos.
O inventário de gases de efeito estufa será produzido por técnicos do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) em parceria com a Prefeitura do Recife, o governo do estado e o MMA. Os cálculos serão estimados a partir de dados repassados pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da capital pernambucana.
Em abril, técnicos do Instituto Iclei já haviam iniciado a produção de um relatório sobre a emissão de gases do efeito estufa e as mudanças climáticas no Recife. A iniciativa foi realizada em quatro países em desenvolvimento: Brasil, Indonésia, Índia e África do Sul. Cida Pedrosa diz que o relatório deve servir de subsídio para o poder público elaborar estratégias de combate à poluição, a exemplo de mudanças nos processos de licenciamento, da revisão da lei de ocupação do solo e de ações de ampliação da cobertura vegetal.
Fonte :Diário de PE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário