Várias categorias de trabalhadores ligadas às centrais sindicais de Pernambuco iniciaram o movimento sobre a deliberação pelo Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, que está programado para o dia 30 de agosto. A exemplo do dia 11 de julho, quando milhares de trabalhadores tomaram às ruas do País, o ato da próxima sexta-feira (30) pretende chamar a atenção do governo para várias reivindicações, como, por exemplo, a redução da jornada de trabalho. Entre as categorias que já confirmaram presença na mobilização - com ameaça de paralisação - estão a dos sindicalistas da Oposição Rodoviária de Verdade, ligados à Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), além da Oposição dos Rodoviários e do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) - os dois últimos ligados à CUT.
Os dois primeiros grupos confirmaram adesão da grande maioria dos profissionais, entre motoristas e cobradores de ônibus. Entretanto, os detalhes da participação no movimento, que deve acontecer na praça do Derby, ainda serão definidos. “Vamos nos reunir nesta terça-feira (27) para discutir o assunto. Precisamos montar um esquema para não faltar coletivos para levar as outras categorias que vão participar da greve nacional”, declarou o presidente da Oposição dos Rodoviários ligada à CUT, Jucelino Macedo. Em contato com o FolhaPE, porém, o Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco e o sindicato que representa as empresas de ônibus, a Urbana-PE, desmentiram a informação de que os motoristas irão aderir à mobilização nacional da próxima sexta-feira.
Assim como a oposição ao sindicato dos rodoviários, os metroviários informaram que participarão do ato do dia 30 e que uma assembleia – programada para a quinta-feira, às 18h – deverá decidir pela paralisação dos funcionários do metrô. “Há uma insatisfação geral da categoria, principalmente em relação à segurança nas estações e trens. Nesta quarta-feira, por exemplo, dia do clássico entre Náutico e Sport, na Arena, se o governo não implementar um plano de segurança eficaz, vamos convocar a categoria para paralisar as atividades no dia do próximo jogo que for realizado no estádio”, prometeu o presidente do Sindmetro, Diogo Morais.
Procurada pela reportagem, a Central Única dos Trabalhadores (CUT-PE) informou que participará do ato, mas declarou que não realizará passeata pela cidade. “Vamos intensificar a campanha, nesta terça-feira, distribuindo panfletos com trabalhadores da construção civil, da educação, além dos servidores federais, estaduais e municipais. A orientação é que as categorias não trabalhem nesse dia, praticando um boicote”, informou a assessoria.
Além da CUT, a União Geral dos Trabalhadores de Pernambuco (UGT-PE) e a Força Sindical informaram que também não realizarão passeatas, mas declararam que apoiam o movimento. “Temos que fazer pressão na Câmara Federal, que é onde acontecem as coisas e de onde saem as decisões. Fazer passeata é legal e apoiamos, mas não resolve”, disse Gustavo Walfrido, presidente da UGT-PE. Entre as reivindicações das centrais, além da redução da jornada de trabalho, estão a luta pelo fim do fator previdenciário e o arquivamento da chamada "PL das terceirizações".
Fonte :Folha de PE.
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