sábado, 24 de agosto de 2013

Nem tão miserável, nem tão digna:


Criticando-se ou enaltecendo-se, São Lourenço da Mata há décadas vem alternando-se nos cargos executivos, legislativos e as afirmações sobre o que acontece ou deixou de ocorrer, nem todas reais, algumas demagógicas e outras equivocadas criam uma espécie confusão mental a alguns moradores, a respeito do grau de cuidado ou falta deste na Cidade da Copa. O município está repleto de mazelas a serem resolvidas, isso não é nenhum exagero e ao mesmo tempo, por mais paradoxal que pareça, vem recebendo investimentos e tais vêm provocando melhoria em alguns setores, bairros e programas.

No momento que um grupo antagônico (qualquer um mesmo) quer "demonizar" a gestão, intensifica a crítica em um tom bastante sangrento e não creio que seja de todo errado, apenas exagerado. Por outro lado, quem "rema a favor da maré" dá uma ênfase quase divinal em algo que funcione. Penso muito em frases como: "Menos, menos". Ora, mesmo que isso aconteça, as percepções são feitas pelas pessoas, mesmo que não se registre (aqui, no caso, pode-se ver) e o senso crítico existe, há vida inteligente fora do "ringue" e que nota as realizações ou falta delas.
Exaltar, por exemplo, uma montanha russa como a salvação única (redundância em si e o exemplo é para ser abstrato mesmo) como se fosse a quintessência de um município é ser simplista e talvez mal-intencionado.

No entanto a multiplicidade de obras e a justa contribuição / adequação delas às reais necessidades deve ser levada em consideração, mas não com idolatria, pois quem está no poder é funcionário popular, pago, outorgado a isso. Deve-se agradecer, porém sem parecer um pobre coitado pedindo por algum benefício de benevolentes cidadãos - isso aí é dar um grau de miserabilidade equivocado às coisas, pessoas, cidade, algo inverídico e conta-producente aos futuros postuladores do poder.

Da mesma forma, apontar esta suposta obra como inútil, eleitoreira, à toa sem avaliar sob todos os ângulos e fazer disso uma impressão única é menosprezar os demais olhares, alheios só com respeito ao aparente silêncio (quando achamos que pouquíssimos preocupam-se), todavia de cabeça "antenada" e que fará, mesmo que não declaradamente a mudança, porque nos meios radiofônicos, "internéticos", escritos, etc., nem todos podem ou querem participar, não obstante são também munícipes e informam-se.

Então, oposição e situação, extremamente importantes e necessárias, quase como um yin-yang (não sou taoísta, a ideia que aplico é genérica). Elas não devem depor armas, deixar de trabalhar pelo município ou algo parecido. A sugestão é aparar arestas, cortar os exageros, deixar paixões rasgadas e agir, afinal, só com a virtude no meio (virtus in medium est) é possível fazer-se acreditar o suficiente.

Fonte:Blog do professor Jacaúna Medeiros.

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