terça-feira, 23 de julho de 2013

Decisão não impede vendas na Telexfree

A Telexfree está sendo alvo de mais uma investigação. O Ministério Público Federal em Rondônia recebeu denúncias anônimas de que divulgadores estariam descumprindo a decisão da Justiça e cadastrando novas pessoas no negócio. O órgão instaurou um inquérito civil público para analisar o caso. Por meio de nota à imprensa, o MPF em Rondônia afirmou que o objetivo das investigações é “comprovar a veracidade dos relatos”.


O advogado da empresa suspeita de praticar pirâmide financeira, Alexander Teixeira, disse ao Diario não ter conhecimento da investigação e que as denúncias não procedem. “O sistema está bloqueado. Não tem como realizar novos cadastros”, frisou.



Desde o dia 18 de junho, os bens da Telexfree e de seus sócios estão bloqueados e a empresa está proibida de efetuar novas adesões. Desde então, o diretor de marketing, Carlos Costa, tenta esclarecer os trâmites judiciais e defender o negócio em diversos vídeos postados no Facebook. A decisão foi do Tribunal de Justiça do Acre, que aceitou pedido do Ministério Público do mesmo estado. Em mais uma tentativa de retomar a operação, a Telexfree ofereceu ao Juízo da 2ª Vara Cível do Rio Branco, na última sexta-feira, uma garantia no valor de R$ 659 milhões.



Em sua página na rede social, a empresa publicou um informativo, onde diz que o pedido ainda não foi analisado, pois “todos os juízes das cinco varas cíveis de Rio Branco encontravam-se de férias, e a magistrada substituta vive na cidade de Manoel Urbano, comarca 226 km distante de Rio Branco”.



A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Acre (responsável pelas varas de Rio Branco) confirmou que a juíza Taís Borges, responsável pela 2ª Vara Cível, saiu de férias. No entanto, o juíz Lois Arruda, da 3ª Vara Cível, está acumulando as funções.  



Para o advogado especialista em direito do consumidor João Donato, da Queiroz Cavalcanti Advocacia, a garantia de R$ 659 milhões é uma forma de a Telexfree mostrar seus ativos. “Cabe ao juiz autorizar se o montante é suficiente e se a atividade é legal.”



Segundo o coordenador-geral do Procon-PE, José Rangel, a oferta não significa necessariamente uma garantia aos consumidores. “Não sabemos se esse valor seria suficiente para remunerar os que entram no negócio”, ponderou.



Sobre o andamento do processo, o advogado da Telexfree afirma que a decisão do agravo de instrumento da liminar no Acre deve acontecer no dia 29.


Fonte :Diário de PE.

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