segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Aras articula envio de Força Nacional para conter manifestações com obstrução de vias


O procurador-geral da República, Augusto Aras, em foto de arquivo

O procurador-geral da República, Augusto Aras, em foto de arquivo

FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

O procurador-geral da República, Augusto Aras, entrou em contato com o ministro da Justiça, Anderson Torres, nesta segunda-feira (21), para articular o envio da Força Nacional para auxiliar na desobstrução de vias e na segurança pública em estados onde protestos organizados por manifestantes que não concordam com o resultado das eleições. 

O destaque é para a situação em Mato Grosso, onde houve registros violentos durante o fim de semana. "O ministro nos assegurou que, mais uma vez, vai instar o governador para que solicite apoio da Força Nacional, que está disponível para ajudar a desobstruir as rodovias", disse Aras.


O contato entre Aras e Torres ocorre após a reunião do gabinete de crise nesta segunda-feira (21). Representantes do Ministério Público Federal (MPF) que participaram do econtro avaliaram que o reforço nacional é necessário porque o efetivo das demais polícias não está sendo suficiente para conter os bloqueios no Mato Grosso. 

No caso de Rondônia, outro estado que enfrenta dificuldade para desobstruir as rodovias, já houve, por parte das autoridades locais, a solicitação ao Ministério da Justiça para um auxílio federal. "Em contato há pouco, com o ministro, ele nos informou que vai mandar reforçar imediatamente o contingente em Rondônia", disse Aras.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que, até o momento, a Força Nacional não recebeu nenhuma solicitação vinda de Mato Grosso. A pasta confirma que, em Rondônia, o emprego da Força Nacional acontece sob a coordenação da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

"Ressaltamos que o envio de efetivo da Força Nacional de Segurança Pública acontece mediante solicitação expressa do respectivo governador de estado ou do Distrito Federal", diz a nota.

Já no Pará, Paraná e demais entes federados, a avaliação feita durante a reunião é que o efetivo dos locais tem sido suficiente para desarticular concentrações. "O Ministério Público Federal continua cuidando para a preservação da ordem jurídica, do ambiente democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis", frisou o PGR. 

    Prisão de líderes dos grupos extremistas e investigação dos financiadores dos atos estão sendo avaliadas pelo gabinete de crise. No entanto, por se tratar de uma ações estratégicas, informações com os detalhes das medidas a serem adotadas não serão divulgadas.

    Fonte: Bruna Lima, do R7, em Brasília.

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