A secretaria da Casa Civil historicamente tem uma função estratégica para os governos estaduais, pois torna-se uma caixa de ressonância das demandas do establishment político junto ao Palácio do Campo das Princesas. Durante a gestão Paulo Câmara o governo pôde se dividir entre antes e depois da escolha de José Francisco Neto para a Casa Civil, pois sua entrada na função quebrou uma tendência de rotatividade observada com seus antecessores, fazendo com que ele ficasse mais de três anos na função.
O perfil adotado por Zé Neto foi de conciliação, sinceridade e entregas, o que melhorou substancialmente a relação de deputados, prefeitos e demais setores dos poderes constituídos com o governo de Pernambuco. A governadora Raquel Lyra foi eleita numa condição atípica, pois não tinha uma figura central que sinalizasse esta necessidade durante a campanha eleitoral. E até o presente momento há um quebra-cabeças para saber quem ocupará a função mais importante do secretariado da futura gestão tucana.
Evidentemente que o perfil para a escolha passa pelo nome ter bom trânsito com a Alepe, com a bancada federal, com o TCE e com demais setores, que possa também ter o mínimo de aresta possível, e mais do que isso, não tenha projetos eleitorais pelos próximos anos.
A governadora terá dois testes de fogo nos próximos meses que são a formação do secretariado e a eleição da mesa diretora da Alepe, que acontecerão entre dezembro e início de fevereiro e um bom secretário da Casa Civil será determinante para que ela passe incólume por estes desafios e siga com um governo com boa perspectiva de governabilidade pelos próximos quatro anos. Portanto, Raquel terá que ser certeira na escolha para esta função, pois ela dirá muito o que será o seu governo.
Minirreforma – Nos bastidores da prefeitura do Recife, há muita expectativa para uma provável reforma no secretariado patrocinada pelo prefeito João Campos. Há quem afirme que pastas-chave terão mudanças substanciais e que nomes atualmente no governo de Pernambuco serão absorvidos pela gestão municipal. Tão logo volte da Inglaterra, o prefeito deverá deflagrar o novo desenho do secretariado.
Aumento – O procurador-geral da República, Augusto Aras, reuniu-se com a deputada federal Celina Leão (PP-DF), relatora do projeto de lei que recompõem o subsídio do procurador-geral da República e demais membros do Ministério Público. A reunião ocorreu na última terça (22), em Brasília. Na ocasião, a deputada se comprometeu a votar o projeto de lei em uma das próximas três sessões da Câmara dos Deputados. A data será definida após reunião de líderes.
Inflação – A parlamentar afirmou que “tem compreensão da perda salarial decorrente da inflação e que entende que o aumento de 18% previsto no projeto de lei não compensa adequadamente a perda de 53% nos valores dos subsídios e das remunerações desde o último reajuste”.
Valores – Caso aprovado o aumento, a remuneração do procurador-geral da República passará dos atuais R$ 39.293,32 para R$ 46.366,19 por mês. O aumento terá efeito-cascata para os demais membros do Ministério Público brasileiro.
Inocente quer saber – Quem cresceu na bolsa de apostas para presidir a Alepe em fevereiro?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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