A farmacêutica estadunidense Pfizer afirmou nesta quarta-feira (23/11), em nota, que as chamadas vacinas bivalentes produzidas pelo laboratório contra a Covid-19 chegam ao Brasil “nas próximas semanas”. Os imunizantes, atualizados com a variante Ômicron do vírus, tiveram a autorização emergencial concedida pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nessa terça-feira (22/11).
“As vacinas adaptadas à Ômicron BA.1 e BA.4/BA.5 virão com uma tampa com coloração diferente – cor cinza, para ajudar na diferenciação. Outra novidade é que essas versões do imunizante não precisam de diluição para aplicação”, explicou a Pfizer.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o cronograma de entrega das doses atualizadas estará disponível em breve. O titular da pasta também fez um apelo para que os brasileiros atualizem a caderneta de vacinação contra a Covid-19. “Hoje, a média móvel de novos casos de Covid-19 aumentou 161% nos últimos 14 dias. Não podemos relaxar quando temos as armas contra o vírus”, afirmou Queiroga.
O ministro também ressaltou que quase 70 milhões de brasileiros não teriam tomado a primeira dose de reforço, enquanto 32 milhões que já estariam elegíveis para receber o segundo reforço ainda não compareceram aos postos de saúde.
A Pfizer solicitou a aplicação das vacinas como dose de reforço na população a partir de 12 anos de idade. As bivalentes, no entanto, não são recomendados para o esquema inicial da vacinação — primeira e segunda doses.
Em seu voto na Anvisa, a diretora-relatora Meiruze Sousa Freitas destacou que os efeitos das subvariantes da Ômicron ainda estão sendo investigados. Além disso, a variante demonstra ser “parcialmente evasiva” à imunidade conferida pelas vacinas atuais. “Pontuo, que mesmo no cenário das variantes emergentes da Sars-CoV-2, as vacinas contra a Covid continuam sendo a melhor esperança para o controle da pandemia”, declarou.
Ela também destacou que outros países, como o Canadá, Reino Unido, aprovaram o uso emergencial de imunizantes atualizados. “Me alinho a alguns especialistas quanto à perspectiva de que o uso das vacinas bivalentes pode ajudar os brasileiros, especialmente os vulneráveis, a evitar doenças graves ou mortes”.
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Fonte: Portal Metrópoles.
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