Sem conseguir construir um consenso nas últimas reformas apreciadas pela Câmara Federal, o PSB passou por processos de rupturas, com ameaças e expulsão de dissidentes nas votações. Foi assim durante a votação da reforma da previdência, ainda no Governo Temer, quando o partido abriu fogo contra 14 parlamentares que votaram a favor da proposta. O resultado foi a saída, após muitos percalços, dos legisladores da sigla. Outro ponto de tensionamento foi a reforma da previdência, já no Governo Bolsonaro, quando 11 lideranças foram favoráveis a iniciativa, contrariando a orientação oficial da legenda. Ontem, a bancada da agremiação voltou a fechar questão em outra matéria polêmica: a reforma administrativa. Em reunião com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, os 20 parlamentares presentes foram unânimes em defender o fechamento de questão contra a proposta. Atualmente, a bancada do PSB tem 31 deputados. No encontro, os socialistas tentaram fechar posição em outra proposta, a reforma tributária, mas não foi possível alcançar um consenso. Neste ano, a votação em que a sigla chegou mais próxima de respeitar a orientação partidária foi na proposta do piso salarial dos professores. Na ocasião, apenas os deputados Rodrigo Coelho (PSB-SC) e Felipe Rigoni (PSB-SP) votaram contra. O primeiro deixou a legenda e o segundo já está de malas prontas para sair da agremiação. A reforma administrativa deverá ser apreciada nesta semana na comissão especial, onde os deputados Milton Coelho e Gervásio Maia devem se posicionar contra a proposta. Para o plenário, a expectativa é semelhante. “Eu acredito que vamos construir um consenso até por conta da decisão na reunião sobre o fechamento de questão que foi unânime”, aposta o líder da bancada do PSB, Danilo Cabral. Em caso de dissidências, o fechamento de questão permite punições partidárias, que podem levar a expulsão de parlamentares infiéis.
Fonte :Folha de PE.

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