O presidente Jair Bolsonaro obteve duas expressivas vitórias na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, quando Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, seus aliados, elegeram-se respectivamente para o comando das duas casas. O bônus de uma vitória no Congresso Nacional exigiu o ônus de fazer mudanças substanciais em seu governo.
O movimento inicial se deu com a ida do pernambucano João Roma para o Ministério da Cidadania, o parlamentar pela Bahia assumiu assento na Esplanada com a benção do centrão, que começou a dar as cartas no governo federal. Depois tivemos a fritura do general Eduardo Pazuello, que recentemente deixou o Ministério da Saúde para dar lugar a Marcelo Queiroga, que já começou a imprimir um ritmo mais forte de vacinação e tem agradado a base do governo.
Ontem o dia ficou marcado por várias baixas no primeiro escalão, com as saídas do chanceler Ernesto Araújo após rusgas com a senadora Kátia Abreu, do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, que foi demitido pelo presidente. Ainda aconteceram duas baixas em outros órgãos, como o Advogado Geral da União, José Levi e a secretária de Educação Básica, Isabel Lima Pessoa. O presidente de bate-pronto anunciou os substitutos dos dois ministros, Braga Netto (Defesa) e Carlos Alberto Franco França (Relações Exteriores), bem como André Mendonça voltando para a AGU, para o seu lugar na Justiça entra Anderson Gustavo Torres. Na Casa Civil, ocupada por Braga Netto, assume o General Ramos, que estava na secretaria geral da presidência, agora ocupada pela deputada federal Flávia Arruda.
Com as mudanças, espera-se um governo mais efetivo e de melhor relação com o Congresso Nacional, possibilitando um ambiente menos conturbado e com maior perspectiva de resolver os problemas do país, sobretudo com a redução do protagonismo da ala ideológica no governo.
Segurança Nacional – Mais duas ações por partidos políticos para pedir ao Supremo que declare que a Lei de Segurança Nacional, integral ou parcialmente, incompatível com a ordem constitucional. A lei já é objeto de ações semelhantes, apresentadas pelo PTB e pelo PSB, distribuídas ao ministro Gilmar Mendes. As duas novas ações são do PSDB e PSOL. A lei foi usada para prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), apoiador de Bolsonaro.
Rodovias – Estudo realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) aponta para uma possível tendência de aumento no número de pessoas infectadas pela covid-19 nos municípios ligados às principais rodovias brasileiras. A análise estatística levou em conta o total, a média e a variação de casos confirmados em quatro períodos temporais específicos. Nas eleições municipais, festas de fim de ano e carnaval, a quantidade de contaminados nos municípios onde passam grandes rodovias foi em média quatro vezes maior à de infectados nas localidades sem essas estradas.
Nacional – Depois de ter sido Diretor da Escola Judiciária Eleitoral do TRE/PE e Presidente do Colégio Nacional das Escolas Eleitorais, o advogado pernambucano Delmiro Campos irá ser Coordenador Institucional da ABRADEP, uma academia nacional de direito eleitoral.
Inocente quer saber – O governo Bolsonaro será menos ideológico a partir de agora?
Fonte : Blog do Edmar Lyra.
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