Conforme noticiou a coluna FalaPE dessa terça-feira (30), o deputado federal Daniel Coelho, presidente do Cidadania em Pernambuco, rechaçou qualquer possibilidade de o seu partido apoiar o presidente Jair Bolsonaro em 2022. O posicionamento de Daniel, uma das principais lideranças da oposição estadual, é mais uma dor de cabeça para o senador Fernando Bezerra Coelho resolver na montagem de um palanque de centro-direita pró-Bolsonaro.
“O Cidadania está na oposição ao PSB em Pernambuco. O partido buscará no campo democrático uma alternativa a este grupo que tem trazido atraso e pobreza ao estado. Temos também profundas críticas à maneira como Bolsonaro tem conduzido o combate ao COVID, além das divergências no campo ético, onde o governo federal tem responsabilidade pelo fim da Lava-Jato, ignorando, inclusive, promessa sua de campanha”, destacou Daniel Coelho, em nota.
O parlamentar segue dando um recado a FBC e seu grupo político, que sonha com a candidatura do prefeito Miguel Coelho (Petrolina) ao Palácio. “Atores políticos de outros partidos têm total autonomia para montar seus palanques. O Cidadania não apoiará o PSB no plano local. Nem dará suporte ou apoio no plano nacional, seja ao projeto de reeleição de Bolsonaro ou da volta de Lula. Insistiremos na construção de uma terceira via que tenha compromisso com ética, combate à corrupção e modernização do estado brasileiro”, argumentou.
Cristalino e coerente no seu posicionamento, Daniel Coelho é um ativo que não pode ser deixado de lado na montagem do palanque oposicionista em Pernambuco. Precisando aglutinar forças, se sonha mesmo em destronar o PSB, Bezerra Coelho vai ter que ter muito jogo de cintura para ter o Cidadania pedindo voto para seu filho Miguel. O que favoreceu o prefeito de Petrolina durante sua primeira gestão – ter o apoio do presidente – pode, ironicamente, complicar sua candidatura a governador ano que vem.
ASSOCIAÇÃO – Miguel Coelho, por sinal, foi alvo de ataques por parte do deputado estadual licenciado, Lucas Ramos, atual secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. “A retórica do prefeito Miguel Coelho assusta. Mais uma vez fica claro o desconhecimento da legislação tributária. Ou pior, uma vontade deliberada de disseminar informações equivocadas, que confundem as pessoas. É nosso dever, antes de tudo, trazer a verdade sobre a política de preços dos combustíveis no Brasil, definida pela Petrobras e não pelos governos estaduais”, disparou Lucas, lançando mão da estratégia de associar Miguel a Bolsonaro.
VACINAS – O prefeito do Recife, João Campos, tomou posse como vice-presidente de relações institucionais do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) – instituído pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o objetivo de promover a aquisição dos imunizantes contra a COVID-19. Na função, o gestor será o responsável pela articulação com outras instituições e entidades públicas e privadas. Campos vai disponibilizar o programa do Conecta Recife para outros municípios que queiram organizar os seus processos de vacinação de forma digital, evitando filas e aglomerações.
QUARESMA – A Semana Santa dos quipapaenses será com peixe na mesa. A Prefeitura de Quipapá realizou, ontem, a entrega de cestas de Páscoa aos moradores do município. Pela primeira vez, a iniciativa cobriu todos os domicílios, incluindo as áreas urbanas, distritos e demais localidades rurais. Cada família recebeu um kit contendo 2 quilos de peixe, 1 quilo de arroz e uma garrafa de leite de coco. As casas onde foi observada evidente vulnerabilidade social receberam mais de uma cesta. No total, foram entregues 18 mil quilos de pescado, 9 mil quilos do cereal e 9 mil unidades do leite. Ponto para o prefeito Alvinho Porto.
DEMISSÃO – Nunca antes na história deste país os três comandantes das Forças Armadas brasileiras – Exército, Marinha e Aeronáutica – haviam sido demitidos de uma só vez por um presidente da República. Se vocês acham que estou falando de Lula, estão enganados. Foi Jair Bolsonaro quem o fez, junto com a troca do ministro da Defesa. Tudo isso porque eles se recusavam a emitir posicionamentos públicos em defesa do presidente e de sua família. O Brasil virou uma República de Bananas mesmo. Que vergonha, meu Deus, que vergonha!
O povo quer saber: ainda teremos mais mudanças no ministério bolsonarista?
Por Fernanda Maria Negromonte, Cientista Política com ênfase em Relações Internacionais pela UFPE, membro da Equipe FalaPE.
Fonte : FalaPE.
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