As demandas dos governadores relacionadas à pandemia são inúmeras, foram listadas e debatidas, mas o que acabou dominando a discussão na reunião do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com governadores, ontem, foi a ausência mais presente: a do presidente Jair Bolsonaro. O chefe do Planalto não participou do encontro, mas o fato de ele ter formalizado, ontem, a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, via decreto, sem dar assento aos gestores estaduais incomodou, e os presentes não evitaram passar esse recibo. Nos bastidores do governo, no entanto, já não se descarta que essa insatisfação possa vir a ser amenizada nos próximos dias. Há um movimento sendo executado por pessoas próximas ao presidente da República, que visa a convencê-lo da importância de ceder um espaço para que um dos gestores estaduais possa representar os demais no colegiado.
Em paralelo, há uma bolsa de apostas dando conta de que um nome considerado para a missão poderia ser o do governador Ronaldo Caiado (GO), que é médico e teria essa condição a seu favor. Outra alternativa ventilada seria Romeu Zema (MG). Os dois são mais alinhados a Bolsonaro, mas seria essa a forma de viabilizar a equação, segundo a coluna apurou. Nesse caso, o decreto referente ao comitê seria alterado. Após a reunião com governadores, Rodrigo Pacheco recebeu Bolsonaro na residência oficial. O democrata disse que o presidente "aceitou bem, com tranquilidade" as demandas postas. Em coletiva, Pacheco advogou que os governadores "precisam ser chamados a se pronunciar" sobre questões diversas, como insumos para sedação, fornecimento de oxigênio, abertura de leitos e uniformização do plano de vacinação. Na próxima segunda-feira, há reunião do comitê, desta vez, na presença de Bolsonaro, que, no discurso, passou a falar de união nacional, mas, na prática, está longe de convencer os governadores de sua disposição para mudar de postura. Ceder um assento no comitê pode ser uma variável relevante nessa construção.
Petrolina lidera ranking
Elaborado pela consultoria Macroplan e publicado pela revista Exame, o ranking das 100 maiores cidades do País com menor índice de mortes pela Covid-19 apresenta Petrolina em 1º lugar. À coluna, o prefeito Miguel Coelho, cotado para concorrer a governador, atribui o resultado a quatro variáveis: "equipe, planejamento, serenidade e coragem para tomar certas decisões".
Proporção > Miguel realça que o critério por proporção por 100 mil habitantes "é equânime com todos os municípios". O destaque de Petrolina, diz ele, "renova as energias para manter a serenidade, a postura e seguirmos na luta". Em Petrolina, a taxa acumulada de óbitos é de 65,3 por 100 mil habitantes. Esse índice é multiplicado por seis em casos como o de Manaus, que lidera ranking, com mais mortes, com 380 mortes por 100 mil habitantes.
Sinal Verde > O teste do pezinho na rede pública deve ser ampliado. Atualmente, ele detecta seis doenças e pode chegar a 14. O projeto do deputado Augusto Coutinho foi aprovado na Câmara Federal e segue para o Senado. Além de atuar junto à prevenção, também tem efeito sobre a redução de custos para o SUS.
Ritmo> Perto de completar 100 dias de governo, a gestão João Campos tem aprovado com celeridade projetos encaminhados à Câmara de Vereadores, a exemplo do Crédito Popular e do Auxílio Municipal Emergencial (AME). Parlamentares da base dizem que o líder do governo, Samuel Salazar, tem sido peça-chave para isso.
Fonte :Folha de PE.
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