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A decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de mexer nos ministérios, nessa segunda-feira (29), e a debandada dos chefes das três forças armadas dos respectivos cargos, nesta terça-feira (30), movimentaram o cenário político. Representantes pernambucanos que ocupam espaço na Câmara Federal repercutiram a decisão.
O líder do PSB na Câmara, Danilo Cabral (PSB) afirma que os movimentos no governo federal inquietam a democracia brasileira. "O Brasil vive escalada de movimentos que inquietam nossa Democracia. Mudanças no Min. da Defesa com entrega coletiva dos comandos,por supostas ingerências políticas,devem reforçar em todos nós a vigilância cívica sobre os atos do Presidente da República", escreveu.
Para o vice-líder da oposição na Câmara, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB), a mudança nos ministérios é um passo pequeno. “Trocar ministro vai manter tudo como está, o País à deriva, isolado, sem vacina e com milhões de brasileiros expostos aos efeitos econômicos e sociais da pandemia. Tem que trocar o Presidente, ele é que é o problema do Brasil”, enfatiza o socialista.
Após a demissão do ministro de Relações Exteriores, o deputado federal e presidente estadual do Republicanos, Silvio Costa Filho, utilizou suas redes sociais para falar sobre o que espera do novo ocupante da vaga. Silvio (Republicanos) espera que, "o novo ministro das Relações Exteriores possa modificar urgentemente a política externa do país, especialmente neste momento de pandemia. É fundamental que a relação entre os países seja feita com diplomacia, o que pressupõe civilidade, respeito e diálogo".
Em sua rede social, o líder do PCdoB na Câmara, Renildo Calheiros escreveu "A saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores deve ser comemorada. Ele foi extremamente nocivo à diplomacia brasileira, ameaçando a histórica relação pacífica do Brasil com os demais países". Completando o fio, o parlamentar disse que espera que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "indique um sucessor mais alinhado com a tradição diplomática brasileira. Não aguentamos mais a incapacidade do governo que destrói deliberadamente as instituições duramente forjadas nas últimas décadas".
A deputada federal Marília Arraes (PT) também utilizou suas redes sociais para comentar a movimentação. Segundo a parlamentar, o ministro fazia parte "dos ministros que nada fizeram de bom pelo País e que agora sai de cena, depois da pressão do parlamento e da sociedade". Ela comemora a saída de Ernesto e assinalou que aguarda saber o nome de quem ocupará o cargo deixado por ele. "Já foi tarde. Resta saber quem assumirá em seu lugar, uma das funções mais estratégicas da nação, em especial neste momento", escreveu.
O correligionário de Marília, Carlos Veras (PT) publicou a seguinte mensagem na sua rede: “Entra e sai ministro, mas o problema do Brasil é o Bolsonaro. #RenunciaBolsonaro”.
Quanto às demissões, o líder do PDT na Câmara, Wolney Queiroz, escreveu: "O governo desmorona! Já são 3 ministros que abandonam o barco hoje! Mas o ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva deixou um recado maior: em nota ele diz que as Forças Armadas devem atuar como Instituições do ESTADO! Não como forças do Governo Federal!".
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