Para a primeira reunião do presidente Jair Bolsonaro com os Poderes, na última quarta-feira (24), só sete governadores foram convidados: Ronaldo Caiado (GO), Wilson Lima (AM), Romeu Zema (MG), Ratinho Júnior (PR), Marcos Rocha (RO), Renan Filho (AL) e Cláudio Castro (RJ). Naquele mesmo dia, ao anunciar a criação do comitê anti-Covid19, Bolsonaro fez menção a uma "coordenação junto aos governadores, com o senhor presidente do Senado Federal". Leia-se: os governadores não terão assento no colegiado, mas serão representados por Rodrigo Pacheco, que comanda, na manhã de hoje, a primeira reunião com todos os gestores estaduais. O governador Paulo Câmara vai à mesa com os chefes de executivos estaduais e com o mandatário da Casa Alta. O encontro está previsto para ocorrer das 8h às 10h de forma virtual. Em Pernambuco, ontem, a postura do presidente do Senado foi elogiada pelo secretário de Saúde, André Longo, que apontou "atuação bastante profícua" do democrata "do ponto de vista de enfrentamento à crise". O auxiliar do governador disse esperar que, dessa primeira reunião do comitê, saia "um grande pacto nacional em defesa da vida, resguardando uma série de questões". Fez referência a dois pontos: "Precisamos, nesse momento, de união e de ciência guiando os destinos do enfrentamento da pandemia". A fala de Longo dialoga com uma feita por Pacheco na véspera da criação do comitê, quando o senador citou dois caminhos possíveis de serem perseguidos no Brasil: "o da união nacional ou o do caos nacional". Sem citar Bolsonaro, Pacheco ainda condenara o negacionismo, o definindo como uma "brincadeira de mau gosto, macabra e medieval". Sobre o comitê, só anunciado por Bolsonaro após um ano de pandemia e com o Pais batendo a marca dos 300 mil mortos, André Longo ponderou: "A gente sauda esta iniciativa. Antes tarde do que nunca!". Mas evitou comemorar de antemão, chamando o colegiado de "esboço de coordenação nacional". No momento em que anunciava a prorrogação da quarentena no Estado, relatando quadro de pressão sobre o sistema de Saúde, Longo disse ser "muito importante” esse tipo de articulação e de coordenação nacional". Dessa primeira reunião com todos os governadores e já em meio a um clima de desconfiança sobre sua convicção em mudar de postura, o presidente Jair Bolsonaro não participa.
Reabertura gradual
Ao anunciar a prorrogação da quarentena até 31 de março, Paulo Câmara adiantou calendário de reabertura. A partir de 1º de abril, atividades econômicas poderão reabrir das 10h às 20h em dias de semana, e, das 9h às 17h, aos sábados, domingos e feriados.
Praias e aulas > As praias voltam a ter atividades físicas individuais permitidas a partir do dia 1º, e as aulas estarão liberadas a partir do dia 5 de abril, para a rede privada e para o ensino médio da rede estadual. Celebrações religiosas também voltam.
Academias > Presidente da Comissão de Esportes na Câmara, Felipe Carreras anunciou, em sua rede social, a reabertura das academias a partir do dia 1º, das 5h às 20h. Registrou que a medida lhe foi assegurada pelo secretário de Desenvolvimento, Geraldo Julio. Geraldo não estava na coletiva do governo e essa medida não havia sido formalizada: foi dada por Carreras em primeira mão.
Erro capital > O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, à Rádio Folha, disse que Eduardo Pazuello foi o "primeiro não ministro da Saúde” do País, que ficou ali, "dando margem para que a medicina se transformasse numa farmácia de horrores".
Fonte :Folha de PE.
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