A movimentação já estava no script nos bastidores, mas foi formalizada ontem. Aliados do deputado federal Túlio Gadêlha retiraram-se da chapa proporcional do PDT e construíram uma candidatura coletiva para concorrer à Câmara de Vereadores do Recife. Essa formatação é ainda uma forma de protesto em função da candidatura de Túlio à Prefeitura do Recife ter sido inviabilizada pela aliança do PDT com o PSB. O coletivo que visa a uma vaga na Casa de José Mariano é formado pelo enfermeiro Rodrigo Patriota, pela jornalista Sylvia Siqueira e pela advogada Bruna Albuquerque. Sylvia, no entanto, já não fazia parte da lista de candidaturas proporcionais registrada originalmente. Bruna, por sua vez, retirou sua candidatura à Câmara Municipal junto com Rodrigo Bione, Marcelo Furtado, Eduardo Kalil e Rodrigo Paulino.
A saída desses nomes da chapa do PDT, hoje alinhada a João Campos, vai viabilizar a candidatura coletiva, que será a primeira nesse formato do PDT na Capital pernambucana, batizada de Ativistas, como antecipamos. Indagado pela coluna sobre o formato adotado, Túlio Gadêlha observa que os integrantes desse conjunto "discordam dessa aliança feita verticalmente sem respeito às deliberações das instâncias municipais". E reforça: "Eles discordam de alianças feitas em gabinetes pelas cúpulas partidárias e já possuem histórico de divergência do modus operandi das gestões do PSB". Como registramos, na última terça-feira, o prefeiturável João Campos apareceu de surpresa em reunião do comando municipal do PDT com os candidatos a vereador da Capital e teve duas horas de conversa com o conjunto, que, agora, o apoia. A chapa proporcional do PDT foi, em grande parte, montada por Túlio, que chegou a indicar o enfermeiro Rodrigo Patriota para compor a vice de João. Candidato a vereador e crítico das gestões socialistas, Rodrigo terminou vendo seu nome ser vetado para a chapa majoritária, tanto pelo PSB como pela própria direção nacional do PDT. Agora, será titular da candidatura coletiva, que, em certa medida, desfalca a chapa, hoje, alinhada a João Campos.
Instrumento particular
Túlio Gadêlha explica que essa candidatura coletiva é respaldada por um instrumento particular assinado pelos candidatos que integram o coletivo. "Antes do candidato votar, ele precisa consultar os outros dois covereadores. As deliberações serão feitas todas em conjunto por conta desse documento, que foi registrado em cartório. É diferente das Juntas. Aqui, existe uma segurança jurídica de que esse é um mandato coletivo", detalha Túlio.
Perto de Paulo > Como contamos, ontem, em primeira mão, Ruy Bezerra, que estava à frente do IRH desde janeiro de 2019, teve sua exoneração, a pedido, publicada no Diário Oficial ontem. Motivo: passará a integrar os quadros da Casa Civil, atualmente comandada, no Palácio do Campo das Princesas, por José Neto.
Negativo > O prefeiturável João Campos adotou uma rotina de se submeter a testes de Covid-19 de 10 em 10 dias desde que voltou às ruas, ainda na pré-campanha. Tem mantido o hábito como forma de evitar, eventualmente, contaminar pessoas com as quais tem contato. Ele não teve diagnóstico positivo em nenhuma dos testes.
Moqueca > Secretário da Fazenda, Décio Padilha reuniu, ontem, o núcleo forte do governo Paulo Câmara em comemoração antecipada de seu aniversário, que é hoje. À mesa, estavam nomes de peso do primeiro escalão. Entre os presentes: Antonio de Pádua, André Longo, Ernani Medicis, Fred Amâncio, Renato Thiebaut, José Neto. Até Roberto Tavares apareceu para comer a moqueca no Bargaço.
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