
Com praticamente nove meses da segunda gestão, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), se de fato for mesmo candidato a governador nas eleições do ano que vem, terá uma grande vitrine para apresentar ao Estado: um novo recorde de aprovação. Segundo pesquisa do Instituto Opinião, postada ontem neste blog, o agora democrata, ex-MDB, tem a marca de 90% de aprovação popular.
Em alguns cenários, essa popularidade assusta. Na consulta por área, Miguel atinge 100% de aprovação na zona urbana em cinco bairros: Alto do Cocar, Atrás da Banca, Pedra Linda, Pedro Raimundo e São José. Na zona rural, o democrata alcança 100% de aprovação nos distritos de Tapera e Vila 12. Nunca na história de qualquer cidade brasileira há conhecimento de igual fenômeno.
Os maiores percentuais de aprovação dele estão entre os eleitores dos 35 aos 44 anos (96%), entre os que têm grau de instrução superior (92,2%) e entre os que possuem renda familiar de dois a cinco salários mínimos (95,2%). Por sexo, 91,7% dos que aprovam são mulheres e 89,6% são homens. Quando é avaliado o desempenho da gestão, Miguel tem 85,6% de avaliação positiva, somando os índices ótimo (40,2%) e bom (45,4%). Entre os que consideram regular, o percentual é de 10,2%, já os que julgam ruim (1,4%) e péssimo (1%) chegam a apenas 2,4%.
O percentual dos que não sabem ou não responderam é de 1,8%. Para os entrevistados que aprovam, 21,9% consideram o prefeito um bom administrador, 19% avaliam que a cidade está progredindo, 10,2% julgam que ele trabalha melhor que os prefeitos anteriores, 7,7% o enxergam como trabalhador.
Já 7,3% consideram que Miguel ajuda a população e outros 7,3% que o gestor é uma boa pessoa. Quanto à percepção sobre o município, 75% dizem que a cidade está progredindo, enquanto 15,2% dizem estar parada e 4% apontaram que está regredindo. Entre os que não sabem, estão 5,8%. Sobre os itens que a população aponta entre os problemas mais urgentes, estão saúde pública (25,2%), desemprego (18,4%), saneamento básico (11,2%) e segurança pública (9,4%). Com relação à pandemia da Covid-19, 49,6% disseram que o prefeito está fazendo um bom trabalho, enquanto 29,8% avaliaram que é excelente e 16% como regular. O trabalho de combate ao novo coronavírus é ruim para apenas 1,4% e péssimo para 0,8%, já 2,4% não responderam.
O Instituto Opinião levantou o cenário eleitoral para 22. Entre os candidatos a governador, Miguel Coelho lidera no município com enorme vantagem, com 75%. Bem atrás, empatados tecnicamente, estão a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), com 1,4%; o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), com 0,8%; e o ex-prefeito do Recife Geraldo Júlio (PSB) – também com 0,8%. O ministro Gilson Machado Neto estava entre os nomes listados, mas não pontuou. Brancos e nulos atingem 9% e indecisos chegam a 13%.
Ameaça de apagão – O Brasil registrou em julho a menor produção de energia por hidrelétricas para o mês desde 2002, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O resultado é reflexo da pior crise energética brasileira dos últimos 91 anos. No mês, as hidrelétricas produziram 34.489 megawatts-médios (MWmed), menor nível desde fevereiro de 2002, quando o Brasil registrou 33.775 MWmed. Fevereiro foi o último mês de racionamento de energia iniciado em 2001. Para evitar um apagão no Brasil, sem sobrecarregar as hidrelétricas que vivenciam uma escassez de água por falta de chuvas, o Governo Federal tem utilizado como alternativa a energia produzida pelas termelétricas.
Em sintonia – No Sertão, não é apenas o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), que está em sintonia com a população. Araripina, a capital do Araripe, também tem um gestor bem avaliado. Ex-deputado estadual, prefeito reeleito em 2020, Raimundo Pimentel (PSL) chega a quase 80% de aprovação. Um dos donos do hotel em que estou hospedado em Araripina disse, ontem, ao blog, que votou em Tião do Gesso, adversário de Pimentel, mas que tirava o chapéu para ele. “Faz uma excelente administração”, afirmou.
Ficha limpa – O Senado aprovou o projeto que impede que seja declarado inelegível quem tiver contas rejeitadas, em casos que a punição seja apenas multa. A aprovação foi por 49 votos a 24, sob protesto de alguns senadores, que consideraram um ataque à Lei da Ficha Limpa. Os senadores rejeitaram ainda um trecho destacado para votação separada de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). A ideia era deixar mais explícito que só quem tivesse as contas julgadas irregulares “sem imputação de débito, e sancionados exclusivamente com o pagamento de multa” fosse beneficiado.
Quase 70% – O Brasil chegou a 67,5% da população vacinada com ao menos uma dose de um imunizante contra a covid-19. O número representa 144.093.540 pessoas vacinadas com 1ª dose ou dose única até 21h30 de terça-feira passada. O número de habitantes totalmente vacinados passou de 75 milhões. São 75.801.367, o equivalente a 35,5% da população. Ao todo, 215.336.297 doses foram administradas no País. Dessas, 128.764 correspondem à 3ª dose, que já começou a ser aplicada em alguns municípios. Os dados são da plataforma coronavirusbra1, que compila registros das secretarias estaduais de Saúde. As vacinas aplicadas no Brasil com 2 doses são a CoronaVac, o imunizante da AstraZeneca e o da Pfizer. Também está em uso a vacina da Janssen, que requer só uma dose.
Desmonte do Estado – Os deputados do PSB na Câmara decidiram fechar questão para votar contra o projeto da Reforma Administrativa. O texto tramita na Casa como PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 32/2020, e trata de regras para os servidores e a administração pública. Está em discussão em uma comissão especial. A bancada do PSB na Câmara tem 31 deputados. A decisão obriga todos eles a seguir a posição. O partido considera como pontos mais críticos da proposta a possibilidade de o Estado firmar contratos de cooperação com entidades privadas para a execução de serviços públicos, “inclusive com a utilização compartilhada de estruturas físicas e o emprego de recursos humanos privados”, diz o líder socialista na Casa, o pernambucano Danilo Cabral. Num vídeo no Twitter, Danilo disse que o projeto “aprofunda o desmonte do Estado brasileiro”.
CURTAS
A CULPA – Com o preço médio da gasolina em alta nas últimas seis semanas, o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afastou a responsabilidade da empresa pelo valor de mais de R$ 6 que vem sendo cobrado dos consumidores. Na esteira do que tem dito o presidente Jair Bolsonaro, o comandante da estatal culpou o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), arrecadado pelos estados, pelo combustível mais caro. “A Petrobras não tem controle de preço sobre a bomba”, disse.
RIR OU CHORAR – Do humorista André Marinho ao responder os ataques de bolsonaristas a um vídeo que fez imitando o presidente depois do encontro com Temer: "Alguns bobos da rede estão me chamando de bobo da corte, só porque imitei o seu mito no jantar com Temer. Agradeço a audiência e aproveito para deixar um recado. Com a política do jeito que está, só podemos rir ou chorar. Eu optei por rir. Venham comigo antes que acabem os lenços”.
Perguntar não ofende: Quando o Senado vai votar a reforma eleitoral que a Câmara aprovou ressuscitando as coligações?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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