Com o encerramento da campanha de 2022 e a vitória de Raquel Lyra ao Governo de Pernambuco é preciso analisar agora com uma lupa às estratégias utilizadas pelos candidatos e o que se pode esperar de um futuro político destas figuras. O Pernambuco de 2022 é bem diferente do Pernambuco de 2002. E por que 2002? Naquele ano tivemos a primeira eleição do presidente Lula e agora temos a terceira eleição deste e a quinta vitória do PT em eleições presidenciais. Quando Lula venceu a eleição no ano de 2002 e chamou para o seu ministério nomes como Humberto Costa (Saúde) e Eduardo Campos (Ciência, Tecnologia e Inovação) já se sabia que os dois seriam as prioridades do lulismo (não do petismo) em Pernambuco.
Não deu outra, em 2006, disputaram Eduardo Campos, Humberto Costa e Mendonça Filho em um pleito que Eduardo foi vitorioso e cujas vitórias consecutivas do PSB se encerraram neste ano de 2022. Mas em 2006, quando Humberto Costa soube do resultado oficial na mesma hora convocou a imprensa e deu uma declaração histórica e corajosa: a partir daquele momento o PT ia tomar a campanha de Eduardo Campos nos braços e ia fazer como se fosse sua. Não deu outra e o PSB voltou ao poder com 65% da votação.
Já em 2022, tivemos uma declaração idêntica que partiu de Miguel Coelho, ex-prefeito de Petrolina, ex-deputado estadual e que deixou a gestão da sua cidade com mais de 80% de aprovação. Miguel reunia e reúne todas às condições para ser governador de Pernambuco. Teve 18% dos votos válidos, mas saiu muito grande nesta eleição: sua votação sem nenhum padrinho político ficou atrás da de Danilo Cabral por uma diferença mínima: mil votos apenas. Lembrando que Danilo foi a candidatura oficial de Lula em Pernambuco, e não Marília. A partir daquele momento Miguel já estava cacifado como uma liderança política e com respaldo de Pernambuco e declarou apoio na mesma hora a Raquel Lyra e disse que iria trabalhar pela eleição dela. O jovem petrolinense registrou presença em diversos atos da campanha de Raquel no segundo turno juntamente com seu grupo político que foi praticamente em peso para o palanque tucano.
Miguel deve assumir um papel importante no Governo Raquel Lyra, tendo em vista justamente a representação de seu peso político no segundo turno. Ele não pode participar como candidato de nenhuma eleição em 2024 (nem em Jaboatão, nem em Recife e tampouco Petrolina) porque a lei eleitoral não permite mais que um prefeito encerre o segundo mandato e tente ser prefeito em outro município.
No entanto, Miguel tornou-se sem dúvida alguma um forte capital da nova safra de políticos que estão renovando em Pernambuco.
FORÇA - Sob a liderança agora de Miguel Coelho, o grupo tem representação na Câmara Federal com Fernando Filho que já foi ministro, e também na Assembleia Legislativa com a recondução de Antonio Coelho. Além destes dois, Chaparral, deputado estadual eleito também faz parte, sem contar prefeitos, vereadores e lideranças em todo Pernambuco.
POLÍTICA - Miguel terá um papel importante na eleição de 2024 não apenas em Petrolina onde o prefeito Simão Durando, que foi vice de Miguel e o sucedeu na Prefeitura irá concorrer à reeleição, mas também em diversos municípios. A força política de Miguel Coelho está bem além apenas de Petrolina.
PAULO CÂMARA - O governador Paulo Câmara anuncia, nesta sexta-feira, a conclusão das obras de dragagem do Porto de Suape, que possibilitará maior competitividade do atracadouro para os mercados nacional e internacional. Mais cedo, o governador autoriza o tombamento do Acervo de Dom Hélder Câmara, em decorrência do seu valor legal, histórico e cultural para o Estado.
MISSÃO - O deputado federal eleito, Mendonça Filho (UB), disse que Raquel Lyra tem uma grande missão pela frente que é resgatar Pernambuco. “A vitória de Raquel já era uma coisa esperada. A gora a gente tem que celebrar, mas ela tem uma grande missão pela frente: retirar Pernambuco do fundo do poço, resgatar a história do estado e com a sua liderança, devolver a autoestima ao povo pernambucano”, disse.
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Fonte: Blog do Silvinho.
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