Raquel vai na mesma linha, focando na administração que foi possível fazer em Caruaru. Para se diferenciar de Miguel, recorre ao discurso de que chegou a hora de o Estado fazer uma experiência com uma mulher bem capacitada à frente dos seus destinos. Tanto Miguel quanto Raquel mesclam esse discurso com fortes estocadas no Governo do PSB, centrando fogo, principalmente, na gestão impopular de Paulo Câmara.
Por falar em estocadas, Danilo e Anderson esquentaram o debate trocando duras farpas. Danilo carimbou o candidato do PL de representar o que seria de mais nocivo ao País, afirmando que o presidente da República não tem compromisso com a democracia e não promove distribuição de renda.
Anderson, por sua vez, acusou Danilo de esconder Paulo Câmara para tentar reagir nas pesquisas, onde está congelado na casa dos 5%, apostando na popularidade de Lula. “Hoje, ele e o PSB falam bem de Lula e do PT, mas na campanha passada o tratamento era bem diferente. Lula era corrupto e o PT o patrono da bandidagem no País”, disse.
Qualquer semelhança – Essa mesma linha ficou bem clara nos primeiros programas de TV da propaganda eleitoral que foram ao ar ontem, tanto nas inserções de 30 segundos ao longo dia quanto no chamado guia eleitoral. Miguel e Raquel pediram passagem vindo das suas Petrolina e Caruaru. Anderson encerrou o seu programa ao lado de Bolsonaro, enquanto Danilo mostrou imagens discretas de Paulo Câmara, fechando o programa com uma fala de Lula na qual diz que seu único candidato é o representante do PSB.
Marília agiu certo – Nem mesmo se apresentou direito no debate de ontem, em Caruaru, Danilo já foi centrando fogo em Marília Arraes. A carimbou de fujona e sem preparo para debater as questões mais prementes do Estado, mas os demais candidatos não seguiram a sua linha. Ficou claro que Danilo está orientado pelos seus marqueteiros para tentar subtrair votos da candidata do Solidariedade, que agiu certo: nenhum candidato que lidera pesquisas comete a insanidade política de servir de saco de pancadas em debates.
Advogado de Lula – O ministro Fábio Faria (Comunicações) afirmou, ontem, que a Rede Globo descumpriu a Lei Eleitoral em sabatinas no Jornal Nacional com candidatos ao Planalto. O ministro citou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou 30min16s dos 40 minutos reservados para as entrevistas, enquanto Jair Bolsonaro falou por 24min37s. “Foi desrespeito à Lei Eleitoral o que se viu no JN. Bolsonaro falou 12% a menos, foi interrompido 43 vezes. Lula, 15. Ciro, 11. A lei é clara. A Globo não pode dar tratamento diferenciado aos candidatos no período eleitoral. Bonner foi advogado de defesa de Lula ontem. Lamentável”, publicou Faria em seu perfil no Twitter.
Contraponto de Moro – Ao JN, Lula disse que “a corrupção só aparece quando você permite que ela seja fiscalizada”. Como bônus, o ex-presidente consegue trazer ao debate as acusações de interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal (PF) e no Ministério Público. Ao Estadão, o ex-ministro Sérgio Moro rebateu a retórica da campanha petista. “As investigações só foram adiante porque a gente teve um grande apoio da sociedade civil e da população”, afirmou.
O MDB de Jarbas – Da candidata do MDB, ontem, na sabatina do Jornal Nacional: O MDB é muito maior do que meia dúzia de seus políticos e caciques. É o maior partido do Brasil. O partido que vem da base, que vem da redemocratização. O meu partido é o de Ulysses Guimarães, de Tancredo Neves, de Mário Covas. De homens desbravadores e corajosos e acima de tudo éticos. Que tem espírito público ético e a vontade de servir ao povo. E hoje o meu espelho é Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos.
CURTAS
VAZAMENTO DE ÓLEO – Após serem encontrados fragmentos de óleo em praias de Ipojuca, no Grande Recife, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) começou a investigar o aparecimento do material em cinco municípios. A agência convocou, ontem, uma reunião emergencial para avaliar os casos.
GUARDAS – O candidato do União Brasil ao Governo de Pernambuco, Miguel Coelho, afirmou, ontem, que pretende fazer concursos públicos e integrar as guardas municipais às forças de segurança do Estado, se for eleito. Ele participou de um encontro com guardas municipais e policiais das esferas estadual e federal.
Perguntar não ofende: Por que até os candidatos a deputado da Frente Popular estão escondendo Paulo Câmara em seus materiais de campanha?
Fonte:Blog do Magno Martins.
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