O racha entre o PT e o PSB em Pernambuco foi atenuado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta quarta-feira (19). Após o governador Paulo Câmara (PSB) visitá-lo enquanto esteve preso em Curitiba, o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), foi eleito em uma campanha bastante criticada pelo tom agressivo contra o PT e a prima, a deputada federal Marília Arraes (PT).
Sobre uma possível composição entre siglas na disputa do Governo do Estado em 2022, o petista destacou suas próprias qualidades como negociador e minimizou a disputa local entre a ala da esquerda.
"Eu não vejo nenhum problema. Isso não me causa trauma nenhum. O PT tem direito de querer ter candidato, o PSB tem direito de querer ter candidato e os outros partidos, não tem problema", comentou Lula, que não descartou a possibilidade dos partidos se unirem em um provável 2º turno contra a oposição.
Para a formação de um realinhamento político com o PSB, ele reforçou a importância do debate e o contato com o atual governador. "Paulo Câmara sabe que eu jamais me negarei a receber um telefonema dele se quiser conversar comigo, e que ele também não deixe de receber um meu. Todo mundo quer conversar", pontuou em entrevista à rádio Folha.
Pernambucano e atento às condições locais, Lula lamentou a recente enchente decorrente da forte chuva na semana passada, que caiu na maioria do Estado, sobretudo na Região Metropolitana do Recife, e culminou na morte de uma família de quatro pessoas em deslizamento em Jaboatão dos Guararapes.
Mesmo ao reivindicar obras de saneamento básico, ele compreende que os reflexos do temporal não são de responsabilidade da atual gestão. "Isso não é culpa de um prefeito. É culpa de muitas coisas que vêm há muito tempo. Me deram a informação que lá em Brasília Teimosa voltou as palafitas, não sei se é verdade, mas isso não é possível", complementou.
Fonte :Leia Já.
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