sábado, 29 de maio de 2021

Verdades de Amado Batista

 


No quadro “Sextou”, criado no programa Frente a Frente, sempre às sextas-feiras, para colocar em debate a situação da classe artística brasileira neste momento de baixo astral que vive provocado pela pandemia, o cantor Amado Batista, astro da música brega, 35 milhões de discos vendidos, cifra só alcançada pelo rei Roberto Carlos, bateu, ontem, sem piedade, no ex-presidente Lula.

Disse, claramente, que o petista roubou e deixou roubar muito quando esteve à frente do poder. Citou, inclusive, um dos seus filhos, Lulinha, que, segundo ele, fez grande fortuna na vida enquanto o pai e o PT estiveram no poder. O Amado Batista que se viu foi de uma leveza louvável, um atirador certeiro. Tudo que disse em relação a Lula, chefe da quadrilha do mensalão, é a mais cristalina verdade.

Amado Batista, aliás, há muito que não dava entrevista. Rompeu um longo silêncio, também desapontado com a mídia brasileira, que, segundo ele, tem criado pesquisas sem credibilidade para colocar Lula na dianteira rumo ao Planalto. “Uma mídia vendida, que não tem mais como mamar nas tetas do Governo”, desabafou.

Goiano, onde tem fazendas de gado que produzem 600 mil litros/dia, Amado também falou na condição de empresário e não apenas de artista. Para ele, é falsa a versão de que o empresariado não está satisfeito com o Governo Bolsonaro. “A economia está bombando, mesmo com pandemia, basta ver o resultado do agronegócio”, destacou.

Fenômeno musical da MPB, Amado Batista foi o segundo a participar do quadro no Frente a Frente dedicado aos artistas. A estreia, na semana passada, se deu com o cantor Gilliard, outro fenômeno e bem-sucedido vozeirão da música romântica no País. Já para a próxima sexta-feira, está confirmada a presença de Nado Cordel, outro grande talento nordestino que virou celebridade nacional, com mais de cem músicas de sucesso cantadas por astros da MPB.

Alerta hídrico – O governo federal emitiu alerta de emergência hídrica para Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, confirmou a informação ao Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues. Os cinco Estados se localizam na bacia do Rio Paraná, onde estão os principais reservatórios de regularização do País. Em períodos secos, os estoques dessas usinas são otimizados para garantir o fornecimento de energia. Mas a região enfrenta escassez de chuvas. De acordo com documento obtido pelo Estado de S. Paulo e Broadcast, as autoridades consideram que o cenário deve perdurar até o final de setembro.

Reação de Câmara – O governador Paulo Câmara (PSB) se manifestou nas redes sociais sobre a ação movida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) contra medidas determinadas para evitar a expansão da Covid no Estado e também no Paraná e Rio Grande do Norte. "O País precisa de mais vacinas, ampliação da testagem, apoio financeiro para a população. Mas o presidente não combate o vírus, ao contrário, caminha na direção oposta, enquanto encena embates de baixo nível, para uma plateia cada vez menor", declarou.

Inconstitucionalidade – Por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), Bolsonaro questionou, através de uma ação direta de inconstitucionalidade, se estão de acordo com a Constituição as normas adotadas pelos governos desses três estados e afirmou que é preciso garantir a convivência de direitos fundamentais como os de ir e vir, de trabalho, à vida e à saúde. Câmara apontou que há indícios de uma nova onda no País. "A cada dia, a conta que Jair Bolsonaro prestará à história fica mais clara pela sua opção de condenar à morte e à miséria milhares de pessoas. Um erro que se consolida como irreparável. Um alto preço que 456.674 brasileiros pagaram com a própria vida", escreveu Câmara em sua rede social.

Ameaça ao Nordeste – Editada pelo Governo Federal com o principal objetivo de incentivar parcerias público-privadas, em detrimento da arrecadação dos bancos que gerem os Fundos Constitucionais de Financiamento, como o Banco do Nordeste (BNB), a Medida Provisória 1052 deve encontrar forte resistência no Congresso Nacional. É o que avaliam parlamentares nordestinos. Eles criticam a proposta e afirmam que o descontentamento é generalizado entre deputados das regiões afetadas. A MP prevê a reestruturação do Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE), com previsão de chegar a R$ 11 bilhões para a realização de projetos de concessões e PPPs.

Jogo pesado – Vice-líder da minoria na Câmara, o deputado cearense José Guimarães (PT) afirma que a oposição vai “jogar pesadíssimo” para derrubar a MP. “Essa Medida Provisória é um desserviço ao Nordeste. Ainda tem gente que diz que o Governo Bolsonaro tem algum compromisso com o Nordeste. Esvaziar o BNB significa um duro golpe no desenvolvimento regional. Um banco público que é fundamental no financiamento do setor produtivo, dos pequenos e médios negócios, do microcrédito”, desabafa.

CURTAS

Adubando a terra – O Ministério do Desenvolvimento Regional priorizou, em 2020, a destinação de verbas ao Rio Grande do Norte, base política do ministro Rogério Marinho. No ano em que Marinho assumiu o atual cargo, o governo federal assinou contratos para enviar um total de R$ 1,2 bilhão ao Estado, que passou a ser o primeiro no ranking da pasta. O dinheiro será aplicado em obras de porte, como a construção de adutoras e parques eólicos, na compra de tratores agrícolas, construção de galpões, cisternas e asfaltamento de ruas e estradas.

Ajuda emergencial – O governo federal começou a pagar, ontem, o BEm (Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda), complementação salarial a quem aderiu ao programa de redução de jornada. Os valores vão de R$ 261,25 até R$ 1.813,03, a depender do salário ou do seguro-desemprego ao qual o trabalhador teria direito se fosse demitido.

Perguntar não ofende: Lula vai silenciar diante dos ataques de Amado Batista?

Fonte: Blog do Magno Martins.

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