A Comissão de Minas e Energia rejeitou o Projeto de Lei 1248/07, do deputado Raul Henry (PMDB-PE), que determina o
rateio, entre todos os consumidores de energia elétrica do País, do custo
adicional de produção de eletricidade da Termopernambuco S/A (Termope) - usina
termelétrica de capital privado que vende a maior parte da sua produção para a
Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). Esse custo, atualmente pago somente
pelos consumidores de Pernambuco, será transformado em uma tarifa nas contas de
energia de todo o País.
O projeto determina que os consumidores terão de bancar a diferença entre o
custo de produzir 360 megawatts (MW) de energia a partir do gás natural
(acrescido das despesas operacional, tributária e administrativa) e o custo de
produção da mesma quantidade (360 MW) em uma usina hidráulica, em um determinado
período. Essa diferença será dividida entre todos os usuários.
O relator, deputado Fernando Ferro (PT-PE), que deu parecer pela rejeição da
proposta, explicou que de acordo nota técnica da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), que apresenta os detalhes referentes ao reajuste tarifário de
2011 da Celpe, o limite de repasse do custo da energia da Termopernambuco para
os consumidores da distribuidora corresponde a R$ 133,71 por megawatt-hora
(MWh).
Ferro afirmou que a melhor maneira de se avaliar a razoabilidade atual do
custo da energia proveniente da Termopernambuco é por meio da comparação com o
valor médio negociado no âmbito do Ambiente de Contratação Regulada (ACR). “Essa
é a sistemática atualmente utilizada para a aquisição de nova energia para
atender o mercado cativo das distribuidoras.
Para o caso da Celpe, com base nos dados da Aneel referentes ao reajuste
tarifário de 2011, podemos verificar que o custo médio da energia nova adquirida
pela distribuidora por meio dos leilões no ACR corresponde a R$ 144 por
megawatt-hora. Portanto, o custo da energia referente ao contrato da
Termopernambuco é inferior, de R$ 133,71 por megawatt-hora”, disse.
Segundo o relator, o valor repassado às tarifas pela energia da
Termopernambuco não se mostra elevado e não sobrecarrega o consumidor do Estado.
“Não se justifica, portanto, que esse custo seja rateado entre todos os demais
consumidores brasileiros atendidos pelo Sistema Interligado Nacional”,
afirmou.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e já
havia sido aprovada na Comissão de Defesa do Consumidor. Como foi rejeitada na
Comissão de Minas e Energia, agora será analisada no Plenário da
Câmara.
Fonte :Agência Câmara .
Nenhum comentário:
Postar um comentário