Em uma conversa informal com o presidente da Turquia Recep Erdogan, neste sábado (30), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a "Petrobras é um problema" e que a Economia do Brasil está "voltando bem forte". Ambos participam da reunião do G20 em Roma, na Itália.
De acordo com o correspondente do UOL, Jamil Chade, até então Bolsonaro só havia se comunicado com os garçons e, ao ser levado para falar com Erdogan – chefe acusado de desmontar a democracia em seu país-, deu um sorriso amarelo ao tradutor e disse: "me ajuda aí".
Visivelmente desconfortável, Bolsonaro não fez perguntas, nem buscou estreitar relações como faz com seu público. Ele apenas se privou a responder rapidamente as perguntas que lhe eram direcionadas. O que não entusiasmou o líder turco.
Falta de educação com o chancelar eleito na Alemanha
Na rodinha de conversa também estava o próximo chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, que venceu as eleições. Embora seja um dos principais parceiros do Brasil, aparentemente, Bolsonaro não sabe quem é o futuro gestor alemão, já que não deu atenção a Scholz.
Ignorado por Bolsonaro, ele deu as costas e se encaminhou a rodinha que era formada pelos primeiros-ministros do Reino Unido, Boris Johnson, do Canadá, Justin Trudeau e da Índia, Modi Narenda.
Avaliação distorcida da Economia
Com o índice de reprovação em 53%, o brasileiro disse a Erdogan que tem um grande apoio popular, mas que a "mídia como sempre atacando". "Não é fácil ser chefe de Estado em qualquer lugar do mundo", assegurou.
O aumento da fome e da inflação é o indicativo mais visível de que o Brasil é um dos países do G20 com maior dificuldade. A economia deve fechar 2022 com o menor crescimento em comparação às maiores economias mundiais, projeta o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Lembrado do potencial petrolífero pelo turco, Bolsonaro afirmou que quebrou monopólio em torno da Petrobras – possivelmente se referia a venda de empresas como a Eletrobrás – e que há pouco tempo, a principal empresa do país "era de partido político".
Apesar de realizar trocas recorrentes de ministros e se render à pressão do Centrão por indicações, o brasileiro disse que montou uma boa equipe. "Não aceitei indicação de ninguém. Foi eu que botei todo mundo. Prestigiei as Forças Armadas. Um terço dos ministros militares profissionais", orgulhou-se.
Após perceber a presença da imprensa brasileira, integrantes da comitiva presidencial chamaram a organização do G20 para retirar a reportagem.
Fonte: Leia Já.
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