segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Facebook e Instagram excluem live em que Bolsonaro relaciona vacina contra Covid à Aids

 

O Facebook e o Instagram excluíram a live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) transmitida na última quinta-feira (21).

No vídeo, o presidente associa a vacinação contra a Covid-19 ao desenvolvimento do vírus da Aids.

A empresa enviou nota dizendo que as políticas não permitem alegações de que as vacinas contra o coronavírus matam ou podem causar danos graves às pessoas.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) lançaram uma nota para rebater a afirmação do presidente.

Segundo os especialistas, não se conhece nenhuma relação entre a vacina e a Aids. As entidades ainda reforçam que pessoas que têm a síndrome devem ser vacinadas, inclusive com a dose de reforço.

CNN entrou em contato com a Secom e aguarda um posicionamento. Em uma entrevista à rádio Caçula FM, de Três Lagoas (MS), nesta segunda-feira (25), Bolsonaro comentou sobre a declaração na transmissão ao vivo de quinta-feira.

“Na segunda-feira (18), a revista Exame fez uma matéria sobre vacina e Aids. Eu repeti essa matéria na minha live e a Exame falou de Fake News. Foi a própria Exame que falou da relação de HIV com vacina. Eu apenas falei sobre a matéria da revista Exame. E dois dias depois a Exame me acusa de ter feito Fake News sobre HIV e vacina. A gente vive com isso o tempo todo… certos órgão de imprensa são fábricas de Fake News”, disse o presidente.

“Quando eu erro, já errei no ano passado, eu me desculpo. Vocês também erram também, às vezes dão um número equivocado e no dia seguinte vocês retificam (…) Agora, comigo não. Mas tudo bem. Não vou dizer que faz parte da regra do jogo porque faz parte da regra do jogo deles, do meu não. Eu não ajo desta maneira. Nós queremos sempre a verdade. Dói. É mais difícil você enfrentar a verdade”, completou.

A revista Exame informou que não irá se posicionar sobre a declaração do presidente Jair Bolsonaro.

(Publicado por André Rigue; com informações de Marcos Braz, da CNN, em Brasília)

Fonte: Blog da CNN.

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