sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Guedes defende auxílio de R$ 400 mesmo furando teto de gastos

 

Pronunciamento de Guedes acontece em momento de crise econômica no país

Pronunciamento de Guedes acontece em momento de crise econômica no país

REPRODUÇÃO

Mostrando que fica no comando do Ministério da Economia, Paulo Guedes fez um pronunciamento nesta sexta-feira (22) ao lado do presidente da República e defendeu o auxílio social de R$ 400 mensais às famílias mais vulneráveis, mesmo que, para isso, se extrapole o teto de gastos. Segundo o ministro, não há divergências sobre o valor, mas uma “falta de tolerância com o governo”.

Furar o teto de gastos é uma alternativa antes refutada por Guedes, que se opunha a comprometer a responsabilidade fiscal. Ele admitiu que a brecha foi necessária em meio aos entraves para aprovar reformas e a PEC dos Precatórios. “Como a solução técnica não funcionou, nós vamos ter que gastar um pouco mais.”

Alegando motivos pessoais, quatro secretários que comandavam a área fiscal do ministério pediram demissão nesta quinta-feira (21) após a manobra para driblar o teto de gastos, com previsão de o governo despender R$ 40 bilhões a mais do que os recursos previstos no Orçamento para bancar a ampliação do auxílio social até o fim de 2022. Sobre a saída dos auxiliares, Guedes afirmou que é um movimento “natural”.

Conforme antecipou mais cedo o blog do Nolasco, do R7, Bolsonaro decidiu manter o economista no cargo. O mandatário fez um discurso de apoio ao ministro. "Tenho confiança absoluta nele", disse o presidente.

Teto de gastos
Guedes comentou ainda uma briga política sobre o teto de gastos. "Começou uma aparente briga entre a ala política e a ala econômica. Tem uma ala política que pede auxílio de R$ 500, R$ 600, R$ 700, e a ala econômica diz que só pode até R$ 300. Ora, temos que ter uma linha no meio. Nós entendemos os mais jovens que dizem que não se pode furar o teto e entendemos quem diz que o teto é um símbolo, mas que não podemos deixar milhões passando fome para tirar [nota] 10 em política fiscal e 0 no auxílio", disse Paulo Guedes.

Fonte: Isabella Macedo e Bruna Lima,R7.

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