Não precisa de uma bola de cristal e nem querer ser o dono da verdade nua e crua de uma informação ou análise política para desvendar ou tentar destrinchar o atual cenário político de Pernambuco. Temos vários nomes que são analisados e tidos como prováveis concorrentes ao Palácio das Princesas. No entanto, apenas três já deram declarações afirmativas que tem no mínimo vontade de entrar na disputa: o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira e a deputada federal Marília Arraes.
Sempre com nomes em evidência, a prefeita Raquel Lyra e o secretário Geraldo Júlio não deram nenhuma declaração de que pretendem ser candidatos ao governo. Raquel disse que estava feliz em ter seu nome lembrado e Geraldo disse que não é candidato agora e que está fora de cogitação de debater nomes para concorrer ao governo.
É justo e correto afirmar que não é o momento de uma campanha política, até porque no momento para quem está no governo é complicado assumir uma pré-candidatura em meio a uma pandemia. Quem está na linha de frente da pandemia tem tido um julgamento bem mais duro pela população devido a divisões de opiniões sobre isolamento social, lockdown, entre outros. Um exemplo? Alguém duvida que o governador João Doria é um nome competitivo para disputar a reeleição em seu estado? Mas um levantamento feito pelo IPESPE em São Paulo mostrou que disputando sua reeleição, Doria teria apenas 8% e amargaria quarta colocação. Seria batido por Alckmin, Márcio França e Boulos. E olhe que se trata de um instituto de pesquisa com credibilidade, não é nenhum desses mal assombrados que aparecem por aí de madrugada não.
Uma eleição para o governo do estado exige um amplo debate, com as mais diversas questões das múltiplas regiões do estado. Ainda mais uma eleição que os eleitores gostam de votar casado, ou seja: Votam no seu presidente e no governador do seu presidente. Qualquer coisa fora dessa linha de pensamento é apenas um desejo futuro. Da mesma forma que acreditar que um senador consiga se eleger sem a ajuda do governador.
A lição - O que se achava improvável em 2017, aconteceu em 2018: a reeleição de Paulo Câmara e que levou junto os dois senadores da frente popular: Humberto Costa e Jarbas. Em 2017, com o alto índice de violência no estado e a crise econômica que assolava o Brasil, Paulo Câmara era tido quase como 'carta fora do jogo político'.
Indução ao erro - Um exemplo de que instituto de pesquisa erra, e erra feio, foi o que aconteceu na cidade de Garanhuns, onde as pesquisas para prefeito indicavam que Sivaldo seria derrotado e o vencedor seria Silvino Duarte. No dia da eleição a vitória de Sivaldo surpreendeu a todos os que acreditam nas pesquisas fajutas.
E não parou por aí - Foram vários os municípios que quebraram a cara com as pesquisas eleitorais que esconderam bem a realidade que só veio a ser conhecida nas urnas no dia 15 de novembro. Esse fenômeno de mudança do eleitorado vem acontecendo de forma ainda mais forte desde o ano de 2018 quando nomes conhecidíssimos da política ficaram de fora até mesmo de segundo turno.
Sem medo de errar - Em uma rápida análise posso afirmar sem dúvida alguma: Se tivermos uma campanha eleitoral em dois turnos, o candidato da Frente Popular estará lá. Muito embora, todas às últimas três eleições para governador ela foi decidida já no primeiro turno.
Descrédito - Um dos motivos pelos quais o IBOPE fechou suas portas para pesquisas eleitorais foi justamente a dificuldade pelas quais os institutos tem passado em acertos eleitorais. Em recente artigo, Augusto Nunes disse que o brasileiro costuma mentir para institutos de pesquisas que passaram a sofrerem com o descrédito nos últimos anos.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do Silvinho.
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