terça-feira, 18 de maio de 2021

'O PDT e o PSB têm muito em comum', afirma Isabella de Roldão

 

 (Brenda Alcântara/Divulgação)
Brenda Alcântara/Divulgação
A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão (PDT), defendeu a aliança entre o PDT e o PSB, que tem possibilidade de união com o PT para a corrida eleitoral de 2022. “PDT e PSB têm muito em comum, mais do que os partidos que tentam pegar gancho nas situações”, afirmou a pedetista. As declarações foram dadas ao programa Manhã na Clube, da Rádio Clube AM 720, apresentado por Rhaldney Santos, titular da coluna Diario Político.

Para Isabella, uma aliança nacional entre o PDT e o PSB representa uma “terceira via” entre o Lulismo e o Bolsonarismo. “O que a gente vem vivendo no Brasil são extremos de vaidade e irresponsabilidade. Esses extremos não nos representam”, ressaltou. A terceira opção mais viável, segundo a pedetista, seria o pré-candidato de sua sigla, Ciro Gomes. “Ciro se posiciona de forma segura e correta, não com base em emoção. Não dá para governar o país com emoção e paixão”, afirmou.

A bifurcação entre Lula (PT) e Bolsonaro (Sem partido) sem a possibilidade de uma terceira via, segundo a vice-prefeita, arriscaria o governo do país por “vaidades descabidas”, por isso o PDT estaria buscando diálogos com outras alternativas. O presidente estadual pedetista, o deputado federal Wolney Queiroz tem conversado com lideranças de fora do PSB, como o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB). Para Isabella, não há “prego batido” ainda, nem com a sigla socialista ou qualquer outra, e a aliança com uma legenda não impediria o diálogo com outra. “Wolney está certíssimo, tem mesmo que buscar diálogos e alternativas, pode ser que se forme todo mundo e nós termos uma frente mais ampla”, especulou.
 
A vice-prefeita também afirmou que a colocação de Ciro Gomes nas intenções de voto, resultado da pesquisa da Datafolha, não era motivo para preocupação, no momento. Na última pesquisa divulgada Ciro Gomes se encontra em quarto lugar. O ex-presidente Lula aparece com 41% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro com 23%, depois veio o ex-ministro Sérgio Moro, com 7% e então o pré-candidato pedetista Ciro Gomes, com 6%. “A pesquisa se deu com muita antecedência, mostra claramente uma polarização. O que leva ao excesso das intenções de voto de um é a rejeição extrema do outro”, analisou Isabella. “Não temos só via A ou B, temos opções para construir um país com relações mais harmoniosas, fora do extremo e esse é o nome do nosso Ciro”, argumentou a pedetista.

Em questão de rejeição, Ciro Gomes ocupa o sexto lugar, com 24%, ficando atrás de Bolsonaro (54%), Lula (36%), João Dória (30%), Luciano Huck (29%) e Sérgio Moro (26%), respectivamente. “Esse caminhar só vai ser iluminado com o passar do tempo, não há justificativa para desqualificar Ciro Gomes, desafio alguém a mostrar que tenha outro candidato que está preparado como ele”, pontuou Isabella de Roldão.

Mulher na política
A vice-prefeita, primeira mulher a ocupar esse cargo na história do Recife, ressaltou a importância da presença feminina em espaços políticos “É muito importante a participação feminina na política, nosso contrapeso entra em um processo de igualdade”, comentou. Nas últimas eleições, as mulheres têm ocupado cargos nunca alcançados, como Luciana Santos (PCdoB) que em 2018 foi a primeira a ser vice-governadora de Pernambuco, além da própria Isabella de Roldão. Para a vice-prefeita, esse avanço refletirá na corrida eleitoral de 2022. “A inserção da mulher na política precisa estar em todos os espaços e a composição majoritária para 2022 deve trazer nomes femininos importantes tanto estaduais quanto locais”, comentou.

Compromisso
Isabella assumiu a Coordenação de Relações Internacionais, a pedido de João Campos, para a vice-prefeita, a capital pernambucana tem oportunidades e relações internacionais destacáveis entre os outros estados e municípios. “Recife é um verdadeiro Hub consular, são quase 50 países representados aqui através de seus consulados, a gente só perde para São Paulo”, assinalou.

Fonte:Por: Ananda Barcellos.

Diário de PE.

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