terça-feira, 25 de maio de 2021

Impasse: MDB está entre ser coadjuvante do PSB ou protagonista na oposição

 

A eleição de 2022 sob o prisma do MDB estadual é o que chamamos de oito ou 80. Um dos maiores do Brasil, o partido por aqui tem duas escolhas bem distintas a serem feitas: ou segue sendo coadjuvante na Frente Popular, vivendo de cargos e espaços em secretarias de segunda grandeza, ou aposta no prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, para governador, com o objetivo de retomar o protagonismo dos tempos da ex-União Por Pernambuco.

Qualquer um dos dois caminhos vai desagradar gente no partido. O principal nome do MDB pernambucano, Jarbas Vasconcelos, não tem se manifestado muito sobre o assunto. Nos bastidores, se sabe que o senador tem uma excelente relação com o governador Paulo Câmara, mas não tão boa com o ex-prefeito do Recife, Geraldo Júlio, que deve ser o candidato do PSB a governador. Ainda assim, a tendência é que Jarbas opte mesmo pela manutenção da aliança com os socialistas.

Presidente estadual do MDB, o deputado federal Raul Henry, que tem a missão de comandar as conversas para o destino da sigla, também aparenta ligeira preferência pelo PSB. Apesar disso, o emedebista posou recentemente para fotos com Miguel Coelho, deixando claro que a questão ainda não está definida.

Do outro lado, o senador Fernando Bezerra Coelho, pai de Miguel, articula sem parar nacionalmente e aqui no estado, com a meta de assegurar a legenda para o filho concorrer ao Palácio do Campo das Princesas. O MDB é uma partido representativo, com tempo de televisão, ideal para o prefeito de Petrolina disputar o governo. Esse puxa-encolhe pela legenda ainda deve continuar até o ano que vem. Até lá, muita água ainda vai passar por baixo dessa ponte.

ENDURECIMENTO – O Governo de Pernambuco anunciou, ontem, novas medidas restritivas para diferentes regiões do Estado. Na Macrorregião 1, que contempla a Região Metropolitana do Recife e cidades da Zona da Mata, apenas atividades permitidas poderão funcionar nos finais de semana. Durante a semana, permanece o esquema atual, com fechamento às 20h. Da próxima quarta-feira (26.05) até o dia 6 de junho, os 53 municípios das Gerências Regionais (Geres) IV e V – que têm como cidades polo Caruaru e Garanhuns – no Agreste, e mais 12 cidades da Geres II, com sede em Limoeiro, entrarão em quarentena rígida também nos dias de semana.

ENDURECIMENTO 2 – Nas Macrorregiões 3 e 4 – ambas no Sertão do Estado – permanece o funcionamento das atividades em geral até 20h, de segunda a sexta, e até 18h nos finais de semana. De acordo com o governador Paulo Câmara, a aceleração exponencial da contaminação pela Covid-19 no Agreste do Estado resultou em um aumento de ocupação em todo o sistema de saúde nas últimas semanas. “A consequência direta disso é mais tempo entre a solicitação de um leito de UTI e a transferência dos pacientes para uma vaga de terapia intensiva”, explicou. Paulo informou que mais 30 leitos de UTI serão abertos nesta semana, nos municípios de Caruaru, Bezerros e Garanhuns, todos no Agreste.

EMBLEMÁTICO – A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica que envolve estudos, projetos e seminários, além de apoio na identificação de evasão escolar, expectativas de servidores, estudantes e familiares, entre outros, a partir do momento que a rede municipal volte a ter aulas presenciais, que estão suspensas desde o ano passado devido à pandemia da Covid-19. O termo foi assinado pelo prefeito Anderson Ferreira e o presidente da Fundaj, Antônio Campos, na sede do Governo Municipal. Não deixa de ser emblemático ver o irmão do ex-governador Eduardo Campos de braços dados com a oposição ao PSB.

ERROU FEIO – O vice-presidente Hamilton Mourão disse, ontem, que o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, “entendeu que cometeu um erro” ao participar de um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, domingo. Segundo Mourão, Pazuello também já teria entrado em contato com o comando do Exército. “Acho que o episódio será conduzido à luz do regulamento, isso aí tem sido muito claro em todos os posicionamentos dos comandantes militares e do próprio ministro da Defesa. Eu sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante, informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro”, disse Mourão.

O povo quer saber: qual será a punição que o exército dará a Pazuello por ele ter participado de um ato político pró-Bolsonaro?

Fonte : FalaPE.

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