Acha que foi desprezado por Lula. Não tem um petista de expressão no Estado, mas choram pelos cotovelos. No chororô, decidiram clamar pelo governador Paulo Câmara, mesmo não sendo filiado ao PT, para que seja ministro, mesmo de qualquer coisa.
Humberto Costa, Teresa Leitão, deputados federais e muitos outros, subitamente, caíram de paixão por quem até pouco desprezavam. Mas será que Lula vai se curvar às súplicas, mesmo tendo uma amizade pessoal com o governador que está se despedindo do Palácio do Campo das Princesas?
Se Pernambuco tem dois ministros, outros quadros no alto escalão, e em especial o próprio Presidente da República, o PT pernambucano ainda acha pouco? Qual a lógica de brigar para colocar na Esplanada dos Ministérios um governador desaprovado, que foi escondido até no palanque de Danilo Cabral, candidato do PSB derrotado à sucessão do próprio Câmara?
Com a palavra, Humberto Costa, Teresa Leitão, Carlos Veras e outros petistas menos graduados!
Não petista – Alvo de disputa interna desde a vitória do presidente diplomado Luiz Inácio Lula da Silva, o comando do futuro Ministério do Planejamento e Orçamento está entre o economista André Lara Resende, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG). Mesmo após a sinalização negativa do ex-BC Pérsio Arida, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou nos bastidores o interesse de ter alguém “não petista” no Planejamento.
O foco é a mulher – Em seu Instagram, ontem, a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) deu a entender que as mulheres serão maioria na sua equipe de primeiro escalão. “Governar é eleger prioridades. Fiz uma escolha importante: ter um diálogo reto com as mulheres. É por isso que, em nosso Governo, vamos conversar primeiro com elas”, postou. Para destacar em seguida que construirá novas maternidades e dobrará o número de creches.
Enfim, alguns números – Já a vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania) reuniu jornalistas, ontem, para, finalmente, anunciar alguns números levantados pela equipe de transição junto ao Governo Paulo Câmara. Disse que o Estado tem hoje mais de 400 obras paralisadas, que já consumiram R$ 5 bilhões. De acordo com ela, os últimos meses da gestão Paulo Câmara foram marcados por contratações e convênios que comprometem a liquidez fiscal.
Pagamentos suspeitos – Priscila disse, também, que identificou um pagamento de R$ 400 milhões em obras de drenagem em Suape, cujo processo teve início em 2011 ainda e, no final do período eleitoral, se chegou a um desfecho jurídico, depois de acordo que representou quase meio milhão de reais. Citou ainda uma inelegibilidade de licitação de R$ 84 milhões para obras no Complexo do Curado, além de desapropriações de imóveis feitas às pressas.
Despesas com pessoal – A vice-governadora eleita, por fim, disse que os últimos meses de Paulo Câmara foram marcados por contratações e convênios que comprometem a liquidez fiscal. “Houve aumento das despesas de maneira relevante e por isso pedimos a suspensão de atos administrativos com despesas de pessoal não essenciais. “Em vez de ação responsável, o Governo acelerou contratações para comprometer as despesas do Estado com pessoal”, afirmou.
CURTAS
DESARRUMAÇÃO – De Priscila, ontem, na coletiva: “Pernambuco hoje é uma casa desarrumada. A arrumação vai passar por várias ações administrativas. A questão da redução dos gastos se dará mediante uma reforma administrativa que o novo Governo vai fazer”.
BLINDADO – A equipe que cuida da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está analisando a possibilidade do petista desfilar em um carro blindado no próximo dia 1º de janeiro. O assunto foi tema de uma reunião, ontem, em Brasília, pela equipe do futuro governo.
Perguntar não ofende: Raquel vira 2023 sem Secretariado?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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