sexta-feira, 5 de março de 2021

Prefiro ouvir Beethoven

 

Não dá para deixar de reconhecer que a pandemia chegou, depois de um ano de instalada no País, a um estágio dos mais graves e preocupantes, com UTIS saturadas, filas enormes para atendimento nas emergências, enfim, um quadro que, infelizmente, parece ser mais angustiante que se possa imaginar. Mais dramático se apresenta nos telejornais.

Ouço, no dia a dia, depoimentos de pessoas que não conseguem dormir depois de assistir ao Jornal Nacional, da TV-Globo. A linha adotada pela emissora beira ao terrorismo. Há muito, aliás desde março do ano passado, que não vejo TV. Embora jornalista, por ofício obrigado a me inteirar de tudo, prefiro buscar informações pela internet.

TV, do nível em que se encontra hoje a Globo, não me faz a menor falta. Não digo que a Globo é lixo para não me acusarem de bolsonarista, mas a sua linha editorial na pandemia me assusta, por isso mesmo prefiro manter distância. E quanto mais os tempos se agudizam mais assombração invadindo os lares de todos os brasileiros, sem distinção. “Quanto vejo o JN fico com a sensação que vou morrer”, confessou um colega de profissão.

Como não sou obrigado a pegar o controle na sintonização da poderosa, recorro aos melhores sites e portais do País, leio opiniões abalizadas, principalmente de médicos e cientistas, para me inteirar de tudo que na TV chega em versão apocalítica, anunciando o fim do mundo, que ninguém vai escapar da morte anunciada. Depois relaxo, leio bons livros, ouço música.

As pessoas me dizem que assistem ao JN ingerindo tranquilizantes e quando o telejornal acaba ficam extremamente tensas, veem a morte à frente, demônios e alucinações. Como não sou masoquista, prefiro um clássico de Beethoven. Cai como um bálsamo, suaviza a alma, o resumo da sua obra é a liberdade, um gênio, querubim que se ergue diante de Deus com as suas sinfonias.

Mais fiscalização – Diante da piora dos números da pandemia de Covid-19, o Governo de Pernambuco anunciou, ontem, que vai reforçar a fiscalização para coibir o descumprimento de restrições para evitar o contágio. Serão 3,4 mil plantões a mais de policiais em todo o Estado. Em pronunciamento transmitido pela internet, o secretário-executivo de Defesa Social, Humberto Freire, afirmou que, além do reforço no número de policiais nas ruas, foi combinado com os municípios do litoral uma fiscalização mais efetiva nas praias e parques.

Debaixo da cama – O presidente Bolsonaro se irritou ao ser questionado por um apoiador sobre a vacinação contra o coronavírus, ontem, em Uberlândia (MG). Bolsonaro criticou a imprensa e declarou que “não tem [vacina] pra vender no mundo”. Em conversa com apoiadores, ele também voltou a criticar as medidas de isolamento social que buscam conter o avanço da pandemia. “Eu tenho dito há muito tempo que os problemas temos que enfrentar, não adianta ir para debaixo da cama”, disse.

PEC emergencial – O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, ontem, que pretende colocar a PEC emergencial em votação na Câmara na próxima semana. O texto foi aprovado no Senado, e, agora, deve ser analisado pelos deputados. “Não é justo que a PEC saia hoje do Senado e a Câmara tenha que votar hoje ou amanhã sem discutir. O Senado levou um tempo maior”, disse Lira. Segundo ele, a ideia é mostrar a proposta aos deputados para poder fazer a discussão em plenário na próxima terça-feira. E, se possível, votar a admissibilidade do projeto.

Carta de cobrança – Um grupo de 14 governadores enviou carta ao presidente Jair Bolsonaro cobrando a "imediata adoção de providências necessárias" para viabilizar a compra de vacinas contra a covid-19. Os governadores dizem que os Estados estão envidando todos os esforços para enfrentar o aumento de casos e mortes relacionadas ao novo coronavírus e que estão "no limite de suas forças e possibilidades". Cobram do governo que aja com celeridade, afirmam que não há espaço para "procrastinar" ações e procedimentos e alertam que "o futuro não nos julgará com benevolência".

Cronograma – Na entrevista que concedeu, ontem, ao Frente a Frente, o presidente reconduzido da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), admitiu que o Governo Bolsonaro está super atrasado na administração da vacina contra a covid, mas disse confiar na palavra do ministro da Saúde, com quem teve uma videoconferência, no cumprimento do cronograma completo da compra de 415 milhões de doses. “O movimento municipalista espera que o Ministério da Saúde siga o pacto federativo e, consequentemente, fortaleça o SUS e o Plano Nacional de Imunização”, disse.

CURTAS

ESTOQUE – Patriota esclareceu, também, que os Estados e Municípios só poderão comprar vacina para doar ao estoque da União, dentro do Programa Nacional de Vacinação. “Estados e municípios não terão autonomia na realização da própria vacinação, que é atribuição da União”, alertou. Quanto aos prefeitos que aderiram ao consórcio para compra da vacina, informou que qualquer quantidade adquirida tem que ser repassada ao Conselho do Ministério da Saúde para reforçar o estoque em nível nacional.

PREFEITO RELAPSO – O cardiologista Edmilson Henauth (PCdoB), que disputou à Prefeitura de Bonito, no Agreste pernambucano, nas eleições passadas, foi às redes sociais, ontem, criticar o prefeito Gustavo Adolfo (PSB). De acordo com o médico, o atual gestor fechou uma Unidade de Pronto-Atendimento, que era utilizada para receber pacientes com suspeita de Covid-19. "O prefeito insiste em não cumprir a decisão judicial de fazer funcionar a UPA do nosso município", afirma.

Perguntar não ofende: Por que o PSB faz vista grossa a Sileno no uso da máquina do partido para tentar se eleger deputado estadual?

Fonte: Blog do Magno Martins.


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