Uma viagem do presidente Jair Bolsonaro a Fernando de Noronha já estava no radar há algum tempo. Quando a ilha ainda encontrava-se fechada para visitação em função da pandemia da Covid-19, o zum-zum-zum em torno de uma possível passagem do chefe do Planalto pelo arquipélago já ganhava eco. Agora, a agenda tem data: próximo dia 30. Essa é a previsão que está no radar das autoridades do Estado para desembarque de Bolsonaro em Fernando de Noronha. Há expectativa de que ele permaneça por lá até o feriado do dia 2.
O presidente e seus herdeiros, com alguma frequência, demarcam posição sobre assuntos relacionados à ilha, em geral, em contraponto a medidas do Governo do Estado. Em meio aos protestos pela reabertura da ilha no mês passado, moradores e empresários chegaram a apostar, nos bastidores, nessa polarização como alternativa para minarem o fechamento, ancorados em apoio do Governo Federal. A ilha foi fechada para entrada de turistas, mediante determinação do Governo do Estado, como forma de conter a proliferação de casos de Covid-19. O senador Flávio Bolsonaro, em seu instagram, chegou a alfinetar, sem citar nomes, a gestão Paulo Câmara em relação ao tema: "Moradores e trabalhadores de Fernando de Noronha pedem a reabertura da ilha. 95% deles necessitam do turismo para sobreviver e não suportam mais a intolerância e autoritarismo das autoridades que os impedem de ter o ganha pão diário". O fluxo na ilha foi interrompido por mais de cinco meses, o que desencadeou pressão crescente. O administrador da ilha, Guilherme Rocha, em meio ao impasse, destacou, à coluna, na ocasião, que a pressa não poderia destruir o trabalho feito até o momento, realçando que, até ali, não havia registro de óbitos e que era preciso preservar isso. O governador Paulo Câmara chegou a defender que, "primeiro, a saúde, depois a economia" e argumentou que, assim que desse para conciliar os dois, isso seria feito. Bolsonaro desembarcará em Noronha ainda nesse período de readaptação do arquipélago, cuja abertura mais ampla se deu no último dia 10, aos protocolos da pandemia. A conferir.
Guerra das vacinas
Em meio à disputa entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador João Doria em torno da compra da Coronavac, o governador Paulo Câmara reagiu: "A influência de qualquer ideologia em temas fundamentais, como a saúde, só prejudica a população".
Imunidade > Paulo Câmara ainda sublinhou: "Defendemos que todas as vacinas consideradas seguras, avalizadas pelas autoridades, sejam disponibilizadas ao povo brasileiro. É preciso dar este passo na superação da Covid-19". Governador do Maranhão, Flávio Dino disse que "Bolsonaro agora quer fazer a 'guerra das vacinas'".
CoronaVac > Danilo Cabral apresentou um pedido de convocação do ministro Eduardo Pazuello. Quer que ele esclareça o investimento do nas vacinas contra a Covid-19 após ele ter sido desautorizado por Bolsonaro a levar adiante acordo com o Governo de São Paulo para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac.
Ata e desata > Antes de Jair Bolsonaro, Ricardo Salles e o Flávio Bolsonaro já cumpriram agendas em Noronha. Ainda em 2019, Salles esteve na ilha após o presidente criticar taxa cobrada para acesso às praias. Flávio Bolsonaro, posteriormente, defendeu que era preciso "desatar nós" para ampliar volume de cruzeiros.
Jurídico > Candidato do PSL à Prefeitura do Recife, Carlos Andrade Lima reuniu, ontem, mais de 100 advogados em agenda da campanha. Entre eles, dois ex-presidentes da OAB-PE: Ronnie Duarte e Ademar Rigueira, conselheiros federais da Ordem.
Fonte: Folha de PE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário