Pernambuco vivenciou fortes embates eleitorais e já tinha passado a ser uma tradição a famosa entrevista coletiva também dos candidatos derrotados. A entrevista tem um papel fundamental que é o reconhecimento da vitória do adversário, e o desejo de muito sucesso durante o mandato. Para não irmos muito longe vamos comparar com a eleição de 2006 quando Eduardo Campos foi eleito governador derrotando Mendonça Filho que era candidato à reeleição. Naquele ano, Mendonça deu a Pernambuco um grande gesto de civilidade democrática: não apenas reconheceu a vitória do adversário como facilitou o processo de transição governamental. E mais: no dia 01 de janeiro de 2007, Mendonça estava lá transmitindo o cargo para Eduardo Campos no Palácio das Princesas.
O reconhecimento da vitória do adversário não é algo bom para o candidato que foi derrotado mas é um gesto que todos realizam em favor da democracia. E não foi apenas Bolsonaro que demorou a se posicionar sobre a vitória do seu adversário Lula. Marília Arraes não teve a humildade nem de comparecer para agradecer sua votação que foi grande e a de Lula, presidente eleito e seu padrinho político com quem fez uma campanha colada. Bem diferente de Danilo Cabral que disputou o Governo pelo PSB e ficou em quarto lugar mas na mesma noite concedeu uma entrevista agradecendo a votação e dizendo que seu palanque era o de Lula.
Da mesma maneira agiu Humberto Costa tanto em 2002 quanto em 2006, quando reconheceu em uma oportunidade a vitória de Jarbas e na outra declarou apoio a Eduardo Campos. Não sei de qual escola política pertence Marília. A candidata sequer se prestou a comemorar a vitória de Lula e resumiu a vitória "histórica" de uma eleição "histórica" a uma nota para a imprensa. Coube a governadora eleita Raquel Lyra parabenizar Lula pela vitória e dizer que a partir deste momento estavam desmontados os palanques e que estaria junto fazendo um governo para os pernambucanos (quem votou e quem não votou nela).
Marília deixou um péssimo exemplo e perdeu uma excelente oportunidade de mostrar grandeza política. Até o momento não temos aqui em Pernambuco o agradecimento por parte da candidata da quantidade de eleitores que acreditaram em seu projeto. Uma postura lamentável de quem se propõe em liderar uma "oposição" a partir de 2023. Marília saiu muito menor do que entrou durante toda esta eleição e dificilmente conseguirá se viabilizar para uma disputa majoritária justamente pela forma como se comporta no pós eleição.
Desmarcou - A deputada Marília Arraes marcou no domingo da eleição duas entrevistas coletivas para falar sobre o resultado da eleição. A primeira na sede do Solidariedade e a segunda em hotel no Recife. Tão logo deu pra perceber a vitória de Raquel Lyra, Marília decidiu cancelar a entrevista e ficou apenas em uma nota. Ontem após mais de 40 horas da eleição um agradecimento tímido nas redes socais.
Qual liderança? - "A partir deste momento, estarei à frente das oposições, liderando incansavelmente a fiscalização rigorosa e o estrito cumprimento das promessas feitas à população durante a campanha" disse Marília em nota. A candidata esqueceu que em Pernambuco existem outras pessoas em seu campo político que tem o propósito de liderar a oposição estadual.
Paulo Câmara - O governador Paulo Câmara tem seu nome lembrado na imprensa nacional como um dos prováveis ministros do Governo Lula. O governador está na cota pessoal de Lula que nutre uma amizade com o chefe do executivo pernambucano.
Diálogo - A governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) já entrou em contato com os dois senadores do PT de Pernambuco: Humberto Costa e Teresa Leitão em busca de iniciar a busca de parcerias com o futuro Governo Federal. Raquel Lyra pretende ampliar ao máximo parcerias com o futuro governo Lula para tirar obras importantes do papel.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do Silvinho.
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