Antes de ser preso, o ex-presidente Lula vaticinou: “Se tentaram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo”. É realmente a “jararaca” não só não morreu como só fez crescer; tanto que, se a eleição fosse hoje, venceria no primeiro turno o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-juiz e algoz, Sérgio Moro – isso sem falar nos outros “candidatos a candidatos” que se colocam na disputa.
Se há três anos, quando Bolsonaro venceu Fernando Haddad no segundo turno se elegendo o mais até então improvável presidente, alguém dissesse que o roteiro deste filme desembocaria no que estamos vendo hoje, qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico diria que estamos vivendo em uma distopia.
Mas não estamos, não! A realidade é bem clara. E ela nos mostra que Lula não só se reabilitou como caminha para a vitória no ano que vem. O passo mais firme nesse sentido vem como a possibilidade – já dada como certa! – de o petista ter na sua vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, um nome mais ao centro, que daria à chapa um verniz de “união em prol da democracia”.
Com essa aliança, a jararaca, ops, Lula espera acalmar o mercado, sinalizar para a maioria da população que não retrocedeu à condição de um extremista de esquerda. Também quer matar qualquer possível sombra na chamada terceira via. Se a coisa se mantiver como está, é uma questão de tempo até o Centrão se agarrar com o petista.
O entusiamo é tanto que já se fala em montagem de ministério como uma forma de atrair partidos até então indecisos. Mas se quiser mesmo vencer em primeiro turno, Lula precisa puxar o feito à ordem, acabar com o clima de já ganhou e colocar sua tropa na rua. Até porque com a proximidade do início da campanha, o sentimento de antipetismo tende a aflorar.
O povo quer saber: a coisa está tão fácil assim para Lula ou se na eleição mesmo vai apertar?
Fonte:FalaPE.
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