Chuvas fortes causaram destruição em áreas da Bahia
RICARDO DUTRA/AFP - 30.12.2021O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), editou uma medida provisória (MP) que abre crédito extraordinário, no valor de R$ 700 milhões, para o Ministério da Cidadania. Os recursos são destinados ao socorro das regiões que sofreram com fortes chuvas nas últimas semanas, em especial Bahia e Minas Gerais. Na Bahia, as chuvas já causaram 25 mortes e deixaram mais de 90 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Segundo o governo federal, "a abertura do crédito extraordinário em questão não afeta o teto de gastos [medida de austeridade fiscal que deve ser cumprida pelo governo] nem o cumprimento da meta de resultado primário".
"A medida visa o enfrentamento das consequências das fortes chuvas que acometeram diversas regiões do Brasil, principalmente os estados da Bahia e de Minas Gerais, que deixaram milhares de pessoas desabrigadas ou desalojadas, em decorrência de alagamentos, deslizamentos de terra e danos à infraestrutura local, com interdição de estradas, queda de pontes e viadutos e interrupção de fornecimento de energia elétrica e água potável", informou a Secretaria-Geral da Presidência da República em nota.
O cenário na Bahia é grave e tem sido acompanhado por figuras do exterior. A ativista sueca Greta Thunberg, por exemplo, publicou em redes sociais uma mensagem sobre o cenário no estado, com a hashtag #SOSBahia.
Em Minas Gerais, a situação também se agravou nesta semana. Nesta quinta-feira (30), o governo estadual reconheceu situação de emergência em 124 cidades afetadas pelos temporais dos últimos dias, em especial no norte de Minas. A Defesa Civil do estado tem ajudado as prefeituras no preenchimento de documento exigido para acessar recursos da União com mais celeridade.
No último dia 12, o presidente sobrevoou algumas áreas atingidas. Depois de aterrissar, conversou com pessoas da região e deu uma entrevista coletiva para anunciar algumas medidas.
A conjuntura na Bahia piorou nos últimos dias. O presidente Bolsonaro manteve os planos de passar alguns dias de férias de fim de ano em São Francisco do Sul, litoral de Santa Catarina, e deixou a responsabilidade de acompanhar presencialmente a situação para alguns ministros, entre eles o da Cidadania, João Roma.
Fonte: Sarah Teófilo, do R7, em Brasília.
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