sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Com espécie de "aviso prévio" para decisões, cúpula do PSB se reúne em PE

 

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira vai tirar um período de férias, em janeiro, com regresso previsto para o próximo dia 12. Antes de iniciar esse intervalo, no entanto, cuidou de passar por Pernambuco, estado hegemônico no partido e farol de estratégicas decisões nas hostes socialistas.

No momento, há definições determinantes para 2022 aguardando numa fila para serem tomadas e anunciadas. A postura que o partido adotará em relação à federação integra esse rol e, como a coluna cantara a pedra, já passou a ser motivo de desconforto na relação com o PT.

A outra variável que segue no modo espera tem a ver com o futuro do governador Paulo Câmara, se vai ou não se desincompatibilizar. Para isso, ele conta com prazo até mais elástico, abril. Mas disso também dependem outras articulações que batem à porta.

É preciso bater o martelo em quem será seu candidato à sucessão e ele mesmo, em entrevista à Folha de Pernambuco, na semana passada, informou que, de janeiro, não passa. Com o tempo, ou a falta dele, imprimindo um ritmo mais intenso às referidas costuras, o governador recebeu Carlos Siqueira, ontem, no Palácio das Princesas, onde também reuniu o prefeito do Recife, João Campos, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, o líder da bancada federal, Danilo Cabral, além dos deputados federais Tadeu Alencar e Milton Coelho.

Detalhe: Tadeu e Danilo têm os nomes ventilados para, eventualmente, encabeçarem a chapa majoritária do partido no Estado. O movimento, como a coluna antecipara, foi deflagrado após o 15º Congresso Estadual da sigla, onde a ausência do ex-prefeito Geraldo Julio, até então candidato natural da legenda, saltou aos olhos dos correligionários.

Ali, uma larga entendeu que um ciclo se fechara. A partir dali, o secretário da Casa Civil, José Neto, voltou a ser cotado com mais ênfase para concorrer a governador, o que gerou reação de uma ala socialista favorável a uma alternativa mais política do que técnica.

Sobre tal movimento, Carlos Siqueira chegou a ser procurado pela bancada há alguns dias já. O dirigente nacional retornou, ontem mesmo, para Brasília. A conversa do grupo no Palácio se deu antes de o governador seguir para a tradicional Missa de Ação de Graças realizada na Matriz de Casa Forte. Considerando que janeiro, como colocou Paulo Câmara, é o deadline, a cúpula do PSB conta com, no máximo, 30 dias para agilizar o processo em Pernambuco. Bem-humorados, alguns socialistas já chamam esse prazo exíguo de "aviso prévio".

Palavra de ordem

Quem acompanha as movimentações diz que a conversa, no Palácio das Princesas, ontem, não foi extensa, mas teria deixado no ar uma palavra de ordem para os próximos passos: unidade. Se a decisão do PSB sobre o candidato a governador contemplar um perfil técnico ou político, em conversas reservadas, socialistas repisam que isso vai se dar sob o signo da unidade.

Funil > Sobre a federação, Paulo Câmara já havia sugerido que "pode ser que não dê tempo" de consolidar. Conforme a coluna apurou, o PT sentiu cheiro de recuo do PSB nos últimos dias. Nas hostes petistas, restam queixas de que o PSB estaria mais interessado em resolver as questões regionais primeiro.

Desenlace > Socialistas não abrem mão de resolver impasses regionais antes. "Uma federação, por exemplo, em São Paulo, vai ter dois candidatos a governador? Quem será, Haddad ou Márcio França?", observa uma fonte, afirmando que, quando sentarem,"esses problemas precisam estar sanados".

Até breve! > Desejando um 2022 de boas notícias e inspirações, agradeço a parceria e companhia por aqui. Terei breve período de recesso, a partir de hoje, retornando na próxima terça para renovarmos os laços. Nos reencontramos na quarta. Até lá!

Fonte :Folha de PE.

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